A população árabe minoritária do estado de Israel terá educação de povo dominado.
Foi o que decidiu o ministro da Educação de Israel, Gideon Saar, ao determinar que seja excluída do currículo escolar a versão palestina para os conflitos com os israelenses em 1948.
A criação do estado de Israel, na visão dos palestinos, foi uma Nakba (catástrofe).
O ministro, pertencente ao partido radical de extrema-direita Likud, afirmou não haver "razão alguma para que, no currículo escolar oficial de Israel, a criação do Estado seja apresentada como uma catástrofe".
E acrescentou: "O sistema de educação não deve contribuir para abalar a legitimidade do Estado".
Já para o deputado Ahmed Tibi, do partido Raam-Taal, a criação do Estado de Israel foi mesmo "uma catástrofe do ponto de vista humano, social, politico e nacional", pois "famílias foram destruídas e expulsas ou fugiram, casas foram destruídas, pessoas foram mortas".
Tinha sido a civilizada então ministra Yuli Tamir que introduzira o tema da Nakba no currículo escolar, argumentando que "os alunos árabes, que fazem parte do povo palestino, devem ter acesso às informações relevantes para a sua história".
As novas autoridades israelenses optaram por negar aos palestinos sua identidade e apagar-lhes o passado.
Assim, há duas semanas, o ministro dos Transportes Israel Katz, também do Likud, determinou a alteração da grafia dos nomes das cidades do país em todas as placas de trânsito.
As placas, que eram escritas em hebraico, árabe e inglês, passarão a mostrar apenas os nomes hebraicos das cidades.
Jerusalém vai ser chamada apenas de Yerushalaim, com a supressão do nome árabe da cidade, Al Quds.
Os fanáticos do Likud parecem não se dar conta de que o mundo inteiro já assistiu a esse filme, com a única diferença de que as vítimas usavam estrelas de Davi costuradas nas roupas e os vilãos ostentavam suásticas. O roteiro, entretanto, era igualzinho.
E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa fase de declarações sumamente infelizes, afirmou que não deseja terminar seu mandato sem visitar Israel. Para conhecer o que, isso?! Vai sorrir para os ministros do Likud e abraçá-los, como fez com Collor?
Depois dos massacres na faixa de Gaza e destas atitudes opressivas contra a comunidade palestina, o brasileiro ideal para visitar Israel é o Brilhante Ustra. Lá estará entre iguais. (Fonte: BBC Brasil)
Um comentário:
caro lungaretti,
o governo de israel continua com sua guerra colonial. aliás a única em operação no planeta.
seu ministro de relações exteriores está aqui na terrinha e a figura representa, junto com seu partido, o que há de mais fascista por lá. prega a expulsão dos árabes-israelenses, a criação de batustôes em lugar do estado palestino e o ataque preventivo ao irã. um verdadeiro homem-bomba, sem tirar nem por.
sobre a política externa brasileira, o blogueiro há de convir que lula representa hoje, pela mídia internacional, um interlocutor confiável tanto para os palestinos como para os israelenses. lembra dos refugiados palestinos que vieram do iraque para o rio grande outro dia?
pela sua vivência política, creio que concordaria que a diplomacia atual deu um salto de qualidade no governo lula. daí nossa importancia política e econômica no quadro atual, ufanismos à parte, né não?
por último, collor e calheiros são senadores da república - com tudo que eles representam politicamente de ruim - eleitos soberanamente pelo povo de alagoas. fazer o quê?
que lula ao encontrá-los meter-lhes a mão na cara? claro que não. o engraçado, ou trágico, como queira, é que sua crítica, me perdoe a franqueza, se aproxima daquela emitida pelo globo quando, na verdade, o "seo" collor de mello é permissionário dos marinhos em alagoas. e aí, meu camarada?
já dizia o saudoso sobral pinto que peru à califórnia, pato à pequim, mas democracia é só democracia, sem adjetivação. o que nós devemos fazer, diuturnamente, é radicalizá-la.
carlos anselmo-eng°-fort-ce
abçs
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