quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O ABISMO E A ESPERANÇA

"...nunca tivemos uma posse na Casa Branca cercada por tanta esperança, mesmo sabendo que não haverá mágicas. Consolo é saber que a humanidade não é suicida, ela se move sempre na direção ditada pelo seu instinto de sobrevivência.

"Foi assim há 70 anos, quando começou a Segunda Guerra Mundial, considerada a maior catástrofe dos últimos 500 anos, e assim será agora. Criaturas e nações cometem muitos desatinos, mas na beira do abismo recuam e escolhem viver."

O arauto da esperança é uma lenda viva do jornalismo brasileiro: Alberto Dines.

Foi com textos como este que Dines nos ajudou a manter o moral elevado, quando as trevas da ditadura pareciam não ter mais fim.

E agora, diante da ameaça imediata de uma recessão que ninguém sabe como e quando terminará, bem como da certeza de que as próximas décadas serão marcadas pela vingança da natureza contra nossa incúria e nossa ganância, Dines encontra novamente as palavras certas para fortalecer-nos o ânimo.

Faltou acrescentar que, na beira do abismo, criaturas e nações terão de perceber o óbvio: só priorizando o bem comum e cooperando irmanamente entre si conseguirão sobreviver.

Eu também acredito que recuarão, recusando-se a morrer juntamente com o capitalismo.

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