Rodrigo Janot, que muitos pateticamente ainda exaltam e defendem nas redes sociais, pisou feio na bola ao denunciar um presidente da República a partir de uma delação premiada repleta de ilegalidades e como parte de uma trama golpista orquestrada com a Globo.
Como consequência, o processo de impeachment não vingou e a denúncia tecnicamente medíocre poderá até salvar o Temer quando ele tiver de responder por ela, terminado seu mandato.
De quebra, tivemos a convulsão inútil nos mercados e a fase mais aguda da recessão se prolongou desnecessariamente por mais alguns meses, sacrificando o povo brasileiro.
Eu diria que, traçando um paralelo com os sinistros de veículos, o seu destrambelhado final de mandato pode ser sintetizado em duas palavras: perda total.
E que é chocante tudo isso ter decorrido do inconformismo com a derrota que sofreu uma reles disputa interna pelo poder num ente do Estado.
O sujeito é um Hitler em miniatura: sua megalomania virou o país de pernas pro ar.
O sujeito é um Hitler em miniatura: sua megalomania virou o país de pernas pro ar.
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Michel Temer não passa de um político profissional de horizontes limitados e voos rasteiros, serviçal do poder econômico como todos os presidentes anteriores e que chafurdou na mesma lama de vários deles.
Enquanto perdermos tempo questionando os presidentes individualmente, não estaremos cumprindo nosso dever de abrir os olhos do povo para o fato de que os Poderes da democracia burguesa são meros biombos que encobrem a dominação de classe e a exploração do homem pelo homem.
Já passou da hora de a esquerda desencanar da luta política estéril que se trava em Brasília, um jogo de cartas marcadas no qual o grande capital é o carteador, e voltar a priorizar as lutas sociais e a travá-las em escala nacional, acumulando forças para a ruptura revolucionária e a superação do capitalismo.
Resumindo: "Fora, Temer!" é palavra de ordem que serve apenas para deixar tudo como está, trocando o seis parecido com o Amigo da Onça e com o homem que ri do cinema mudo por outro meia-dúzia qualquer, tão nefasto quanto ele ou pior ainda (Bolsonaro).
A palavra de ordem correta é "Fora, capitalismo!"
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