sábado, 19 de agosto de 2017

MEFISTÓFELES ODEBRECHT ADMITIU TER CONTRIBUÍDO PARA A FORMATAÇÃO DA CARTA DE VASSALAGEM DO FAUSTO DA SILVA

Ninguém é perfeito. Então, por mais que eu tente trazer para o blogue todas as informações realmente importantes que vêm à tona, uma ou outra escapa.

Caso de alguns trechos delação premiada do Emílio Odebrecht, que foram dados a público pelo ministro Edson Fachin no último mês de abril (e eu, lamentavelmente, passei batido). O patriarca dos Odebrecht admitiu:
— ter organizado uma série de encontros com empresários para apresentar-lhes o Lula nos anos de 2001 e 2002, visando dissipar a desconfiança com relação a um possível governo do PT; 
— ter sido um dos primeiros magnatas a apoiar financeiramente o PT ("E não posso negar que fazíamos pagamentos em volumes consideráveis"); e 
— ter ajudado a redigir aquele que certamente é o mais infame documento da trajetória do Lula e da história do PT ("A Carta ao Povo Brasileiro, datada de 22 de junho de 2002, e feita com o propósito de acalmar o mercado financeiro, é um exemplo exato do tipo de apoio não financeiro que dávamos ao ex-presidente... Essa carta tem muita contribuição nossa").
Aquela que mais merecia ser chamada de Carta de Vassalagem aos Capitalistas Brasileiros (leiam-na aqui) foi o mico que Lula pagou publicamente para os donos do PIB permitirem que ele vencesse a eleição presidencial e depois fosse empossado. 

O pagamento do outro mico se deu na reunião fechada em que o Zé Dirceu, representando-o, assumiu com a mesma cambada o compromisso de manter política econômica similar à do FHC, nunca adotando medidas macroeconômicas que afetassem os interesses dos realmente poderosos.

O pior é que o Lula nem sequer se envergonhava de ter vendido a alma ao diabo. Pelo contrário, várias vezes reconheceu que os capitalistas jamais haviam explorado tanto os trabalhadores quanto o fizeram durante a parceria com o PT. 

Usava, claro, palavras mais suaves, como estas: 
"Se tem uma coisa que nenhum empresário brasileiro pode se queixar nos meus seis anos de mandato é que nunca se ganhou tanto dinheiro como no meu governo"
O sentido era inequívoco. Daí os dotados de espírito crítico sempre terem afirmado que Lula era o pai dos pobres e a mãe dos ricos...

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