quarta-feira, 19 de abril de 2017

SHOW DOS VAZAMENTOS NUNCA TERMINA: VEJA AQUI NOVAS INFORMAÇÕES SIGILOSAS.

O jornal O Estado de S. Paulo, que deu a público a ruidosa lista do [Edson] Fachin, agora informa qual o conteúdo de 25 petições que o procurador geral Rodrigo Janot encaminhou a tal ministro do Supremo Tribunal Federal e este havia preferido manter em sigilo. 

Ou seja, parafraseando a máxima de Lavoisier, nas altas esferas do Judiciário nada se cria para evitar os vazamentos, nada se perde das oportunidades surgidas para se prejudicar um adversário, tudo se transforma em munição para guerras de tortas de lama...

A notícia tem um trecho revelador: 
"O Estado teve acesso com exclusividade às petições, que têm como base as delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht, mas tratam de fatos ainda não divulgados. Estes casos permanecem em sigilo porque a procuradoria entende que a sua divulgação pode prejudicar as investigações".
Ou seja, o Estadão passa recibo de estar perfeitamente ciente de que seu furo pode prejudicar as investigações, mas não dá a mínima. E quem há de recriminá-lo, se os vazamentos se tornaram norma e ninguém da PGR ou do STF é punido por isto?

Os 25 segredos de Polichinelo não passam de "mais suspeitas de crimes envolvendo nomes de destaque do PT e do PMDB", quais sejam "o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Antonio Palocci, o senador Edison Lobão , o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, entre outros". 

Como acabará este interminável show de gosto duvidoso? Tudo indica que, após tantas tempestades de som e fúria, os processos relativos a muitos figurões se arrastarão até se tornarem inócuos ou prescreverem, enquanto alguns bois de piranha vão mofar durante um tempinho na prisão para os eternos iludidos não se darem conta de que terá havido muita pirotecnia e poucos resultados concretos. E novas maracutaias virão, porque, sob o capitalismo, o show nunca termina.
Por último, chamo a atenção para este parágrafo:
"Outro pedido sob sigilo trata da atuação de agentes públicos para auxiliar a Odebrecht em Cuba. Segundo o ex-presidente e herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, Lula e Fernando Pimentel, ex-ministro e atual governador de Minas Gerais, atuaram a fim de que fossem viabilizadas as obras da companhia no Porto de Mariel".
Ou seja, um presidente e um ministro ditos de esquerda tudo fizeram para que uma das piores e mais predatórias empresas capitalistas brasileiras, parceira de ambos num sem-número de ilegalidades com mútuos benefícios, construísse um porto para o (também dito de esquerda) governo cubano. 

Salada ideológica mais indigesta, impossível!
"Nós temos o show mais extraordinário / Vocês gostarão 
e nós todos nos conheceremos / Entre! Entre!"

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