Roseann Kennedy, em sua coluna dominical no Estadão, dá uma informação tão auspiciosa que justifica a reprodução, abaixo, dos principais trechos: os poderosos estão rejeitando definitivamente o famigerado clã Bolsonaro. Leiam e curtam. (Celso Lungaretti)
"...o senador Flávio Bolsonaro conseguiu um feito político: formou um tripé de rejeição. O filho 01 do ex-presidente enfrenta desconfiança e resistência de partidos do Centrão, de parte do agronegócio e de setores econômicos.
Sua pré-candidatura fez uma confusão já na largada. Naquele dia 5 de dezembro, a Bolsa despencou, o índice Ibovespa derreteu. O dólar disparou e fechou em alta de 2,29%. Isso porque o entendimento é que Flávio na corrida presidencial eleva a possibilidade de vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em primeiro turno.
Representantes de grandes bancos, portanto, continuam na expectativa de uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao Palácio do Planalto, e avaliam que o sobrenome Bolsonaro é tão tóxico que não pode estar na chapa nem para vice-presidente.
Esse mesmo entendimento cresce entre integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária.
A tentativa de Jair Bolsonaro de derreter a tornozeleira eletrônica tem sido citada como um dos motivos para eles buscarem encerrar esse capítulo da história apostando em um nome fora da família.
'É uma coleção de vexame', observa um político descrente com os Bolsonaros. Primeiro foi Roberto Jefferson com disparos de fuzil e granada contra policiais federais, depois Carla Zambelli correndo com uma arma na mão em direção a um eleitor da oposição e agora foragida, teve ainda a fuga de Alexandre Ramagem, e tudo culmina com o ex-presidente tentando derreter a tornozeleira.
A rejeição a Flávio Bolsonaro pode ficar ainda maior. No próprio PL, sigla à qual o senador é filiado, há quem sinalize que a lista de problemas tende a avançar com outro grupo, o de evangélicos. Esse segmento vinha cada vez mais empolgado com eventual candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e há quem reclame de 'traição' do enteado".
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