Lula autoriza a exploração de petróleo, mandando às urtigas o aquecimento global. Acreditará ele que vá ter quarto mandato se a espécie humana for dizimada pelas alterações climáticas?
E, de quebra, está prestes a colocar outro evangélico no STF, para fazer dupla com o André Mendonça, ambos favorecendo ridículas bandeiras conservadoras.
Para não vomitar, vou até a a seção de Esportes da Folha de S. Paulo e encontro dois comentaristas do nosso lado pregando o linchamento jurídico de cidadãos que a Justiça inocentou.
É uma aberração ambos concluírem que morreram dez, alguém tem de pagar por isto.
Se a prisão de qualquer pobre coitado quando morrem muitas pessoas virar norma, quantos inocentes passarão pelo pesadelo das torturas e do cárcere?
E esquerdistas vão ser, como sempre, alvos preferenciais dessas injustiças, ao lado dos pobres da periferia, dos negros e dos gays.
Para desopilar o fígado, enviei mensagem ao jornal, ensinando o ABC do jornalismo para esses dois punitivistas insensatos. (Celso Lungaretti)
"O efeito prático é que essas crianças morreram. O que pega é que não vai ter ninguém culpado...
Se a investigação não foi bem feita, se a acusação sei lá o quê, pouco importa --10 pessoas morreram e ninguém foi culpado. É isso que pega." (Walter Casagrande)
"O fato é que houve um crime, dez jovens foram mortos, asfixiados por causa de um incêndio e que nenhuma pessoa foi punida. Essa é a indignação do cidadão…
Dez jovens de menos de 18 anos foram mortos, asfixiados, e a Justiça decidiu, pelo menos por enquanto, que não há culpado."(Danilo Lavieri)
"Casagrande e Lavieri, embora concordando quanto à existência de culpados no episódio específico do incêndio no Ninho do Urubu, discordo de que, como regra geral, a quantidade de óbitos seja critério para definir culpa ou inocência.
Fatalidades também existem e têm de ser levadas em conta. A culpa de qualquer cidadão precisa ser comprovada por prova(s), testemunho(s) e perícia(s), caso contrário ele pode estar sendo juridicamente linchado para satisfazer à exigência de punições por parte da opinião pública (mais ainda agora que o veredicto das redes sociais costuma ser contundente a ponto de eventualmente influenciar a decisão de julgadores com personalidade fraca).
E, quando há indícios para suspeitarmos de alguém, mas a investigação policial foi relapsa, seria criminoso condenar-se tal pessoa apenas para aplacar a sanha vingativa de quem quer que seja. Punitivismo rima com autoritarismo." (CL)
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