Que a família Bolsonaro é macomunada em todo tipo de banditismo, não é novidade. Desde as rachadinhas, espécie de acumulação primitiva bozoísta, até a ladroagem na compra de vacinas, descoberta pela CPI da Pandemia, a lista é grande.
Contudo, o recente escândalo das Joias Sauditas parece mais uma forma de ocultar o essencial do que de apanhar a famílicia em mais uma maracutaia. Não me interpretem errado, Bozo e sua turma são sim perfeitamente capazes de se apropriar de uma coroa de diamantes, porém o que ninguém questiona é o motivo do ditador da Árabia Saudita - considerado pelo ex-presidente fujão como um irmão - ter dado tal caríssimo presente.
Pura amizade sincera de dois déspotas, um imaginário o outro concreto? Cortesia diplomática? Paixão do Príncipe pela Princesa Micheque? Ou algo muito mais efetivo e relacionado à venda de uma Petrolífera para aquele país a preço inferior ao de mercado e outros possíveis investimentos sauditas no setor brasileiro de petróleo?
Inclusive, seria coincidência o record de funcionários do governo federal indo visitar a Árabia Saudita? Quem teria se beneficiado de tais acordos? Existem atravessadores no alto empresariado brasileiro? A ditadura saudita pagava propina a funcionários do governo?
Nada disso, no entanto, parece interessar à nossa imprensa ou mesmo ao governo Lula. Reitera-se apenas o contrabando da coroa, algo de menor importância em um país onde fraudar o fisco é esporte nacional. E, aliás, o que é fraudar a Receita Federal perto da morte de um milhão de brasileiros durante a pandemia, um crime do qual não há sequer sombra de possível punição a Bolsonaro?
Então, ou se investiga a fundo o caso da Coroa, com todas as consequências possíveis não apenas para a família Bolsonaro, mas também para membros graúdos do empresariado nacional, ou este caso será mais um exemplo do undenismo típico de nossas elites, que sempre usam o moralismo para esconder o essencial. (por David Emanuel Coelho)
Nenhum comentário:
Postar um comentário