domingo, 25 de setembro de 2022

FILME DA SEMANA: "O BUNKER – OS ÚLTIMOS DIAS DE HITLER"

Correta reconstituição do trimestre final do regime nazista na Alemanha, O Bunker – os Últimos Dias de Hitler (dirigido por George Schaefer em 1981) é uma das cinebiografias anteriores ao aclamado e premiado A Queda! As Últimas Horas de Hitler (d. Oliver Hirshbiegel, 2004).

Produzido para a TV, tem como maiores atrativos as disputas por poder que os cortesãos do führer ainda travavam na iminência da derrota; o casamento de Hitler (Anthony Hopkins) com sua amante Eva Brown (Susan Brakely) antes de ambos se suicidarem, e as repercussões da batalha pela conquista de Berlim entre os personagens confinados no bunker subterrâneo.

O diretor George Schaefer era um típico artesão estadunidense, cujos trabalhos ficavam invariavelmente num ponto intermediário qualquer entre o belo de admirar e o feio de espantar. Mas, embora transitasse por todos os gêneros e temas ao sabor das conveniências mercadológicas, predominavam no seu currículo as cinebiografias e reconstituições históricas, provável motivo de lhe terem confiado mais este projeto.  

Além de Anthony Hopkins interpretando um assassino em série muito pior do que o canibal Hannibal Lecter, destaque para Piper Laurie como a fanática esposa de Goebbels e para o ótimo ator francês Michael Lonsdale no papel de Martin Bormann.

De resto, nada como o filme certo na semana certa! Ainda mais quando se trata de uma semana aguardada com enorme ansiedade por tantos de nós, faz tanto tempo... (por Celso Lungaretti)  

2 comentários:

Anônimo disse...

Do Financial Times de hoje
íntegra via site da RT McCalpin and Associates, LLC, tradução do próprio site

https://rtmcpa.com/2022/09/25/brazils-election-and-the-search-for-an-economic-revival/#

em inglês
https://rtmcpa.com/2022/09/25/brazils-election-and-the-search-for-an-economic-revival/#

SF disse...

***
Ah, como e doce a esperança.
***
XI.

Do Novo Ídolo

“Ainda em algumas partes há povos e rebanhos; mas entre nós, irmãos, entre nós há Estados.
Estados? Que é isso? Vamos! Abri os ouvidos, porque vos vou falar da morte dos povos.
Estado chama-se o mais frio dos monstros. Mente também friamente, e eis que mentira rasteira sai da sua boca: “Eu, o Estado, sou o Povo”.
(...) "Tudo nele é falso; morde com dentes roubados. Até as suas entranhas são falsas".
(...) "E não são só os que têm orelhas compridas e vista curta que caem de joelhos!
Ai! também em vossas almas grandes murmuram as suas sombrias mentiras! (...) Ele queria rodear-se de heróis e homens respeitáveis. A este frio monstro agrada-lhe acalentar-se ao sol da pura consciência. A vós outros quer ele dar tudo, se adorardes. Assim compra o brilho da vossa virtude e o altivo olhar dos vossos olhos".
(...) O Estado é onde todos bebem veneno, os bons e os maus; onde todos se perdem a si mesmos, os bons e os maus; onde o lento suicídio de todos se chama “a vida”".

Assim falou Zaratustra, (1883-1885), Friedrich Nietzsche
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