Não, este não é um post sobre o faroeste caboclo que virou tema político, mas com jeitão de futebol: todo mundo torce para um ou outro time, enquanto o principal se distorce.
Os que estão com a visão distorcida pela maldita polarização na qual tanto investem os dois vilãos (o louco e o anacrônico) não se dão conta de que o rumo atual só nos conduz à entropia.
Ou detemos a escalada do ódio ou a violência irracional continuará destruindo o pouco que ainda nos resta de civilização, além de desviar o foco do que realmente importa neste momento: evitar que o nosso povo continue sendo dizimado pela miséria e pela fome desembestadas.
Os coitadezas deste país estão sofrendo como nunca porque os safadezas direitistas impingiram um psicopata como presidente da República, embora não tivesse as mínimas condições intelectuais, mentais e morais para o exercício do cargo.
E os safadezas reformistas tudo fizeram para sabotar o impeachment do celerado, enquanto ele cometia o maior genocídio já perpetrado neste país, condenando centenas de milhares de brasileiros à morte com suas maluquices no combate à pandemia.
Torcendo para que haja mesmo um inferno para receber tanto os boçais ignaros quanto os moluscos maquiavélicos, passemos ao filme para ver no blog desta terça, um western italiano de boa safra (1968), que pode servir, no mínimo, como um agradável passatempo: Os violentos vão para o inferno.
O diretor é Sergio Corbucci, que fazia o gênero artesão, entregando filmes geralmente razoáveis e às vezes muito bons.
Casos de Romulo e Remo (1961), Dança macabra (clássico do terror italiano que ele co-dirigiu com Anthony Dawon em 1964, sem que sua participação lhe fosse creditada), o primeiro Django (1966), o Vingador silencioso (1968) e o interessantíssimo O especialista (1968), no qual transpôs para o Oeste selvagem sua visão sobre os jovens contestadores que sacudiam a Europa.
Os violentos vão para o inferno, cujo título mais apropriado teria sido O mercenário (como nos cinemas da Itália), tangencia a Revolução Mexicana, mas sem ir fundo como Damiano Damiani em Gringo e Sergio Leone em Quando explode a vingança.
Mostra um peão (Tony Musante) que, após reagir a uma humilhação dos poderosos, torna-se um revolucionário de ocasião e, por não entender do ofício, aceita pagar a um mercenário (Franco Nero) para ensinar-lhe o caminho das pedras.
Como vilão reencontramos uma figurinha carimbada dos filmes B estadunidenses, Jack Palance. E a trilha sonora de Ennio Morricone é diferenciada como sempre, com a canção principal trazendo em destaque... assobios!
Uma curiosidade é que o bom retorno nas bilheterias resultou numa espécie de remake quase imediato (Companheiros, 1970), com enredo semelhante e novamente sob a direção de Sergio Corbucci.
Franco Nero, mercenário polonês no filme anterior, virou um aventureiro e vendedor de armas sueco. Jack Palance continuou sendo o vilão. Entraram Thomas Milian (um cubano no papel de um rebelde mexicano) e Fernando Rey como professor revolucionário.
O enlace com a Revolução Mexicana foi acentuado. A caliente canção Vamos a matar, compañeros! acabou sendo uma das mais populares do mestre Morricone. E o desempenho nas bilheterias foi ainda melhor, mas não devem ter encontrado nenhum roteirista com imaginação suficiente para vender o mesmo peixe pela terceira vez... (por Celso Lungaretti)
Um comentário:
General Mourão: “Se querem usar a violência, os profissionais da violência somos nós”
Sep 11, 2018
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/10/opinion/1536582945_652291.html
O lema:Asmodeus, Pária e Familicia
e o nome...:é Legião","porque somos muitos".Marcos 5:9
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