Tal polarização serve apenas para manter intocado o corpo do capitalismo. Muda a aparência política, mas a essência econômica é sempre a mesma: a exploração do homem pelo homem.
É como nas delegacias, um policial malvado maltrata o interrogado e, em seguida, um policial bonzinho finge compadecer-se dele para obter sua confissão usando a lábia.
Tais policiais não são opostos, mas sim complementares. Os Lulas e os Bozos, idem, o que faz suas respectivas claques surtarem sempre que alguém aponta as semelhanças entre ambos. Se o distinto publico se der conta disto, a encenação perderá o encanto e a eficácia.
Aí, por mais que façam para parecer diferentes, os cidadãos mais perspicazes perceberão, p. ex., que enquanto um deles sabotava descaradamente o combate à covid, o outro, na surdina, multiplicava seus esforços para evitar que tal genocida fosse impichado.
Então, só nos resta organizarmo-nos para superar o capitalismo, ao invés de ingenuamente acreditarmos que ele, por mera magnanimidade, um dia não vá mais colocar a maximização do lucro acima de quaisquer outras considerações, passando a reconhecer a importância da concretização do bem comum e do atendimento das necessidades humanas. (por Celso Lungaretti)
Nenhum comentário:
Postar um comentário