quinta-feira, 21 de abril de 2022

EDITORIAL DO BLOG: SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER!

A sem-cerimônia com que o pior, mais catastrófico, mais genocida, mais cínico, mais mentiroso e mais medíocre presidente do Brasil desde o advento da república tenta anular uma decisão soberana da corte suprema do país para livrar da merecida prisão um ferrabrás golpista cuja índole e atos são escancaradamente criminosos, serve especialmente para algo.

E este algo é comprovar, mais uma vez, o quanto a esquerda pusilânime e domesticada errou ao não lançar uma vigorosa campanha pelo impeachment presidencial tão logo os brasileiros começaram a ser abatidos como moscas por causa da sabotagem à vacinação contra a covid orquestrada no próprio Palácio do Planalto.

Tal esquerda desvirtuada, que não consegue sobreviver longe das regalias e benesses dos Poderes, vendeu novamente ao povo a miragem de que uma eleição presidencial tudo resolveria, enquanto tudo fazia para esvaziar as manifestações #ForaBolsonaro enquanto fingia que as apoiava. 

Tornou-se, assim, cúmplice do extermínio de centenas de milhares de pessoas que se salvariam caso o combate à pandemia fosse travado em consonância com a ciência e não entravado por imposições estapafúrdias inspiradas pela ignorância, pela superstição e por mesquinhos interesses políticos, afora todas as falcatruas que se fizeram, com as bençãos oficiais, para  o aproveitamento das inúmeras oportunidades que a praga propiciava.

Como acreditarmos que as eleições deste ano transcorrerão normalmente? 

Que o caricato presidente não virará a mesa armando um fuzuê semelhante ao do Trump ao ser derrotado nas urnas? 

Que um governo de verdade, mesmo que chegue a tomar posse, não será destituído como o foram os de 1964 e de 2016 caso venha a incomodar os poderosos? 

Quantas vezes teremos de aprender a lição de que vitórias eleitorais só valem alguma coisa quando o povo está consciente de sua importância e mobilizado para as defender? 

Reduzir todas as lutas que os explorados têm de travar a uma só (a caça aos votos) é fazer esforços titânicos para construir castelos de areia que o inimigo derruba com um pontapé quando bem entende. 

Só não vê quem não quer: estamos muito longe de vivermos sob uma verdadeira democracia e, enquanto não a conquistarmos nas ruas, nada garante que um número superior de votos bastará para darmos fim ao pesadelo que já está no seu 30º mês.

O momento não é de lutarmos para que o insignificante Daniel Silveira deixe de delinquir impunemente, mas sim o de relançarmos a campanha do impeachment para valer, caso contrário vai ser imenso  o risco de que a eleição presidencial de outubro venha a valer... nada! 

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