Da esq. p/ a dir., Robert Kennedy (Steven Culp), John Kennedy (Bruce Greenwood) e Kenny O'Donnell (Kevin Costner): esforços desesperados para evitar o pior. |
Quase seis décadas atrás, contudo, a humanidade esteve próxima como nunca da extinção. Daí ser um momento apropriado para vermos ou revermos o filme que reconstituiu o episódio histórico da crise dos mísseis cubanos.
Treze dias que abalaram o mundo (d. Roger Donaldson, 2000) está longe de ser uma obra-prima. É basicamente correto, com as limitações de praxe das produções de Hollywood, como algumas simplificações/distorções históricas, um enfoque um tanto heroicista e o destaque excessivo que dá ao assessor de imprensa de John Kennedy, Kenny O'Donnell (Kevin Costner), que não estava com essa bola toda.
O mês era outubro e o ano, 1962. Em todos os países havia pessoas com o ouvido colado nos rádios e lançando olhares angustiados para o céu, à beira do pânico.
Nunca estiveram tão presentes nas mentes e tão opressivas nos corações as imagens dantescas dos genocídios de Hiroshima e Nagasaki, quando mais de 200 mil seres humanos foram imolados, parte instantaneamente, parte após lenta e terrível agonia.
Era enorme a possibilidade de repetição daqueles horrores em escala muito mais ampla.
É que os EUA, ao obterem provas fotográficas da existência de silos de mísseis soviéticos em Cuba, deram um ultimato à URSS, exigindo sua imediata remoção.
A União Soviética, inicialmente, não cedeu. Pelo contrário, ao saber que os estadunidenses tinham iniciado um bloqueio naval e aéreo de cuba, despachou uma frota que o tentaria romper por mar.
Um único disparo e começaria a reação em cadeia! Estava-se a um passo da guerra nuclear entre duas nações que detinham poder destrutivo suficiente para encerrar a aventura humana sobre a Terra.
A crise dos mísseis cubanos terminou com cada lado cedendo um pouco e o mundo suspirando aliviado.
Os EUA concordaram em, posteriormente e sem alarde, retirarem mísseis similares que haviam instalado na Turquia.
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