| Militantes da revolução ortográfica exageraram em suas demandas e os tradicionalistas marcaram pontos |
Nisto e em quase todas as esquisitices do politicamente correto, a minha posição sempre foi a de que precisamos mudar o mundo, não a forma como nos referimos às coisas do mundo.
Não devemos nos iludir, fazendo da rejeição de usos costumeiros um cavalo de batalha, como se o machismo fosse desaparecer bastando que o tornássemos uma palavra interditada.
Continuaria existindo e causando os males que causa, pois sua extinção depende de uma transformação maior da sociedade, conhecida como revolução.
Concordo que a tal linguagem neutra não deva ser imposta ao cidadão comum, pois aí o serviço público estaria servindo para o proselitismo de uma prática que, por enquanto, tem mínima adesão.
Não vejo, contudo, por que não se proíbe o uso da LN apenas no que tenha relações com, ou se destine ao, público externo.
Assim, não se estaria impondo a LN à coletividade em geral, nem impedindo que os adeptos dessa mudança conquistassem adeptos para sua cruzada no ambiente de trabalho.
Transcorridos 57 anos desde as barricadas parisienses, a palavra de ordem É proibido proibir continua tende muito a ver. (por Celso Lungaretti)
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