O ministro da Injustiça e o secretário Nacional da Ignorância justificam a intenção de censurar Como se tornar o pior aluno da escola escudando-se numa incitação à pedofilia que simplesmente inexiste no filme.
E supõem que o quero porque quero deles prevaleça sobre a Constituição deste país (que, se assim fosse, já teria trocado o nome para República das Bananas e dos Bananas do Brasil).
Enfim, como eu sou sempre partidário das soluções menos asnáticas, proponho que as plataformas de streaming, ao invés de deixarem de disponibilizá-lo para sua clientela, ofereçam-no com a inclusão desta ressalva:
"Os realizadores deste filme esclarecem que se trata apenas de uma obra de ficção e que o pior aluno da escola referido no título não é nem o Anderson Torres nem o Mário Frias".
É óbvio que os espectadores rirão, pois sabem muito bem que o governo em cujo nome tais indivíduos agem é formado quase que exclusivamente pelos piores alunos das piores escolas.
Mas, isto ao menos dará a esses dois filhotes da dona Solange (*) uma saída honrosa para recuarem de seu despautério sem darem os cascos à palmatória. (CL)
* Solange Hernandes foi a diretora do Departamento de Censura Federal que se tornou símbolo dos censores da ditadura militar porque seu nome aparecia no certificado de censura dos filmes, quando começavam a ser projetados nas sessões dos cinemas.
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