segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

O SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE? MELHOR ENTREGAR AOS ÁRABES!

O São Paulo chega à 37° rodada do Brasileiro em situação desconfortável. Tem 45 pontos e enfrenta o Juventude, com 43. O Cuiabá (que recebe o Fortaleza) e o Bahia (com um jogo a mais) também têm 43. 

Um dos cinco – acrescente-se o Furacão [Atlético Paranaense], com 45 pontos  vai cair. 

E na mesma semana tensa, apareceu a especulação de que o São Paulo poderia ser alvo de investidores árabes dispostos a comprar um time brasileiro. 

Seria ótimo. O clube voltaria a ter um time competitivo. A camisa branca com listras vermelha e preta voltaria a ser temida. 
E o torcedor viveria ainda de lembranças de grandes craques criados no Morumbi. Ou de tantos outros que passaram por lá: Leônidas, Bauer, Gerson, Cerezo, Pedro Rocha, Ceni, Kaká, Zizinho, Didi, Falcão... 

Ah, mas o clube vai ser dominado por árabes, pouco afeitos à democracia? 

Amigo, os atuais dirigentes não estão preparando uma mudança de estatuto que perpetuará o atual grupo no poder? 

Ah, mas será a confissão de fracasso. Não temos mais nossos dirigentes.
 

Amigo, nunca foram seus. Pertencem a um sistema fechado e que vai ficar mais fechado ainda. 

Ah, mas foram dirigentes antigos criados nesse sistema que criaram a grandeza do clube, através dos anos. 

Sim, dirigentes ousados, capazes de contratar, nos anos 40, Leônidas da Silva, o maior jogador do Brasil. Dirigentes obsessivos, capazes de construírem o Morumbi. 

E, após sua conclusão, de contratarem Toninho Guerreiro e Gerson de Oliveira Nunes. Pedro Rocha. Visionários que construíram o CT [Centro de Treinamento] da Barra Funda. E o CFA [Centro de Formação de Atletas] de Cotia. 

E o que se pode esperar dos dirigentes de hoje? Alguma ideia revolucionária no marketing? Uma maneira criativa de enfrentar a dívida? Uma maneira conservadora de enfrentar a dívida?

Um jeito de receber mais dinheiro com a venda das joias [jovens revelações] de Cotia? A venda do naming right [concessão para agregar uma marca comercial ao clube, como a Crefisul e a Neo Química acertaram com o Palmeiras e o Corinthians] do Morumbi? 

O que se pode esperar de novo, de moderno, quem sabe, doce ilusão, de revolucionário? Nada. Nadica de nada. 
Estão com o pensamento voltado para o dia 16, um golpe [mudança no estatuto que concentrará ainda mais o poder nas mãos de uma minoria de conselheiros]. 

Estão todos fechados em si mesmos, louvando e babando com elucubrações jurídicas de membros da TFP [a arquirreacionária Tradição, Família e Propriedade]. 

Nada de colocar o clube na condenação da ditadura militar. Nada de apoio à causa LGBTQ. 

Entreguem aos árabes. Peçam que respeitem Eder Jofre e Adhemar Ferreira da Silva. Exijam que não mudem nossas cores. E entreguem. O clube estará em melhores mãos. (por Luís Augusto Símon, o Menon da crônica esportiva)

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