domingo, 15 de agosto de 2021

'ÚLTIMO BLEFE' SERÁ IGUAL AOS OUTROS: MEROS CHILIQUES DE BUFÃO FRACASSADO

leonardo sakamoto
APÓS NOVA AMEAÇA DE BOLSONARO, REDES CONVOCAM PARA ÚLTIMO RECADO NO DIA 7 
A
pós Bolsonaro afirmar neste sábado (14) que vai pedir abertura de processo no Senado contra ministros do Supremo Tribunal Federal, grupos bolsonaristas no WhatsApp, no Telegram e nas redes sociais intensificaram a convocação para o tal ultimo recado do presidente no dia 7 de setembro. 

Essa expressão havia sido usada por ele, em 3 de agosto, para ameaçar o Tribunal Superior Eleitoral após a abertura de inquérito pela corte devido às suas denúncias de fraudes nas eleições sem apresentar provas e às ameaças contra o pleito do ano que vem caso o voto impresso não fosse aprovado. 

A convocatória de manifestações de apoio ao presidente quer aproveitar a presença de militares nas ruas devido aos desfiles  será o 199º aniversário do Dia da Independência. As convocatórias estão circulando entre militares, policiais, ruralistas e bolsonaristas-raiz, entre outros grupos. 

O chamado traz um discurso que inverte a responsabilidade pelo golpismo. Apesar de o presidente da República estar atacando membros dos Poderes Judiciário e Legislativo visando às eleições do ano que vem e para encobrir denúncias de corrupção, 570 mil mortes por covid-19 e 14,8 milhões de desempregados, há convocatórias bolsonaristas pedindo às Forças Armadas que impeçam o STF, o TSE e o Congresso de agirem fora de suas competências.  
Entre os vídeos que tive acesso, há ameaças de impedir a circulação em rodovias e avenidas, bem como de gerar desabastecimento como forma de protesto.

O texto deste sábado, postado no Facebook do presidente, começa com "Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos". 

Na ameaça, ele afirma que vai pedir a abertura de um processo de impeachment no Senado Federal contra Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, ministros do STF. 

O primeiro tem sido uma pedra do sapato de Bolsonaro por ser responsável pelos inquéritos das fake news e das milícias digitais, entre outros que investigam o presidente.

O segundo foi um dos maiores críticos à introdução do voto impresso – que apenas serviria para tumultuar, não aumentando a transparência da forma como foi proposto. 

Bolsonaro como justificativa, em sua postagem nas redes, que "o povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais, como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los". 

Refere-se à prisão de Roberto Jefferson nesta sexta (13), em meio ao inquérito sobre a milícia digital que ameaça a democracia. O presidente do PTB tem postado vídeos empunhando armas, pedindo o fechamento do STF, conclamando a população a desrespeitar decisões do poder público. 

Fazendo coro com Bolsonaro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, que vem agindo como seu aliado, afirmou ser contrário à decisão porque ela representaria uma "censura prévia à liberdade de expressão".
É uma atitude cínica, uma vez que Jair Bolsonaro tem exigido liberdade para atacar a democracia, tendo sido ele a ameaçar a realização das eleições de 2022. 

Mesmo que o último recado reúna seus seguidores mais fiéis, a multidão será apenas uma sombra do que já foi o apoio ao presidente antes das crises sanitária e econômica na pandemia. 

E, claro, antes da revelação de corrupção na compra de vacina e dos toma-la-dá-cá com o centrão em troca de sua proteção diante de 132 pedidos de impeachment. 

Quando falou no último recado, o presidente disse que estaria atendendo ao povo. Contudo, pelos números do último Datafolha, a parcela dos brasileiros que concorda totalmente com tudo o que ele diz é de 15% da população. Não é desprezível, mas está longe de representar maioria. 

Bolsonaro, tomando a parte como o todo, vende as demandas e a visão de mundo desse grupo barulhento e organizado que concorda com ele como sendo as aspirações e opiniões de todos os brasileiros. 

O presidente tem tentado reduzir a diversidade da população brasileira, seja ela de direita ou de esquerda, aos 15% que o apoiam cegamente. Quer mostrar que inquéritos contra ele são um ataque ao povo. E que o povo está ao seu lado quando, na verdade, o povo está preocupado em sobreviver porque o governo o abandonou. (por Leonardo Sakamoto) 

2 comentários:

Anônimo disse...

Celso!!

Será o Benedito!???

https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/bolsonaro-envia-mensagem-no-whatsapp-sobre-provavel-e-necessario-contragolpe-e-chama-para-ato

https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2021/08/15215648/print-44.jpg

celsolungaretti disse...

Isto já seria mais do que suficiente para qualquer psiquiatra honesto despachá-lo para o hospício. Não passam de alucinações de um louco ou de um senil.

Como eu disse, o Brancaleone do filme seria um paradigma de sanidade mental, comparado ao Bozo. Tá doidinho de pedra.

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