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| por Ricardo Kotscho |
Um a um, os ex-ministros ouvidos pelos senadores nas últimas três semanas procuraram apenas salvar a própria pele e a do seu chefe, fugindo das perguntas e criando uma realidade paralela para negar o genocídio, como se fosse possível não haver responsáveis pelos desmandos que, por ação ou omissão, já deixaram um rastro trágico de quase 450 mil mortos e mais de 15 milhões de contaminados pela pandemia fora de controle.
Dá náuseas e um sentimento de vergonha alheia acompanhar os depoimentos de pessoas sem nenhum caráter, um catado do que existe de pior na sociedade brasileira, capaz de desmentir suas próprias declarações anteriores com a maior cara de pau, tentando reescrever a história da grande tragédia que todos nós estamos vivendo dia a dia, posando de heróis de si mesmos, caricaturas de homens públicos, sem nenhum compromisso com a verdade.
A começar pelo primeiro da série, o ex-ministro Mandetta, que saiu do governo atirando, para se candidatar a presidente da República (?), mas foi o primeiro a receitar o uso da cloroquina para uso hospitalar, até chegar à patética figura deste general Pazuello, um robô que fala como se fosse uma gravação olhando para o vazio, é um pior do que o outro.
Falam do que fizeram ou deixaram de fazer, citando portarias, protocolos, negociações, consultando papéis e advogados, todos burocratas medíocres, que saíram do anonimato para formar um governo de fancaria, como se não estivessem lidando com as vidas de 212 milhões de brasileiros.
Deveriam sair todos presos e algemados, a bem do serviço público e da sanidade mental de um povo humilhado e escravizado por esse bando de incompetentes sem vergonha na cara, que obedecem cegamente às ordens de um capitão defenestrado do Exército por planejar atos terroristas.
Me perdoem a franqueza, mas não dá mais para tratar essa gente como se fossem pessoas normais. Porque não são.
Eles comparecem à CPI, não para esclarecer nada, mas apenas para lavar as mãos sujas de sangue, jogando as culpas uns nos outros, a exemplo de milicianos pegos em flagrante.
A CPI foi transformada num circo de horrores, que paralisa o país, enquanto outro ministro, Ricardo Salles, o frio assassino da floresta e das populações indígenas, invade a sede da Polícia Federal para tirar satisfações, trazendo a tiracolo um segurança armado, e de lá vai direto para o Palácio do Planalto pedir proteção. É normal isso?
Eleito pelas mentiras das fake news nas redes sociais, as mesmas com as quais agora governa, o capitão terrorista defensor do AI-5 e das torturas é o grande ausente deste tribunal parlamentar, mas sua hora vai chegar.
Quando as cortinas dessa CPI se fecharem, é o seu nome que estará em todos os relatórios a serem enviados à Justiça e ao Ministério Público.
Por mim, não precisam ouvir mais ninguém, podem nos dispensar deste desgosto. Só o que já sabemos é suficiente para decretar o fim desse governo da mentira e da morte que está destruindo o país.
Quantos ainda precisarão morrer para as instituições democráticas tomarem as medidas cabíveis, por razões humanitárias, antes que seja tarde demais?
Quantos anos vamos levar para reconstruir esse belo país, que já chegou a ser a sexta potência mundial, nem faz tanto tempo? Precisamos virar logo essa página triste da nossa história.
Espero estar vivo para ver meus netos voltarem a viver num país civilizado, sem ter que sair do Brasil.
Vida que segue. (por Ricardo Kotscho)
2 comentários:
mas alguém me responda: pq o povo elege o Batman pra presidente e o resto da turma (coringa, charada, pinguim, mulher gato e etc) para o congresso????
Porque o povo brasileiro é um dos mais despolitizados do mundo, caso contrário saberia:
— o pseudo-heroi era um COVARDE (a bandidagem do RJ lhe tomou a pistola e a moto como quem tira o doce de uma criança), um TRAPALHÃO (andou planejando mandar pelos ares um reservatório de água no RJ como forma de reivindicar aumento para a oficialidade e sendo expelido pelo Exército) e um PARASITA (passou três décadas como vereador e deputado, sem fazer absolutamente nada para o bem comum, só cuidando de beneficiar a si próprio, à sua família, aos gangstêres das milícias e ao seu eleitorado fardado);
— que o pseudo-adversário da corrupção sempre estivera ligado à banda podre da política, inclusive o notório Paulo Maluf, daí ter arrancado a máscara no ano passado e voltado para os braços do Centrão, afora ter detonado a Operação Lava-Jato e demitido o ministro que havia sido uma espécie de fiador moral de sua candidatura para presidente, o Sergio MOro;
— que, exatamente por considerá-lo um "mau militar" (palavras do ditador Geisel), o Exército jamais o viu como um um ex-pertencente a suas fileiras, mas sim como alguém que não se mostrou digno de a elas pertencer;
— que, embora prometesse mundos e fundos aos empresários que dele esperavam reformas liberais, sempre foi um estatizante;
— que, embora se fizesse passar por messias, com a cumplicidade dos mercantilizadores da fé, sua absoluta falta de caridade em relação aos pobres e sua insensibilidade com relação ao sofrimento humano o aproximam muito mais do falso profeta.
Em suma, o Bozo não passa de uma trágica farsa impingida ao povo brasileiro. E seguramente é responsável por mais de 100 mil mortes de pessoas que, se a covid fosse combatida de forma competente e com respeito pela ciência, teriam sido salvas.
O Bozo certa vez disse que, se dependesse dele, 30 mil adversários de suas posições fascistas teriam sido executados pela ditadura militar. Provavelmente já despachou para o cemitério quatro vezes esse total, só que pessoas vitimadas a esmo, principalmente pobres, idosos e vulneráveis.
Se Gotham City elegesse o Coringa como presidente, nem mesmo ele conseguiria produzir tamanho estrago em tão pouco tempo.
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