sexta-feira, 23 de abril de 2021

O BOZO É INDISCUTÍVEL CULPADO POR OBÍTOS CRIMINOSOS E DESPERDÍCIO DE RECURSOS COM PANACEIAS FAJUTAS...

...E SÓ ESCAPARÁ DO IMPEACHMENT SE O
BRASIL NÃO FOR MESMO UM PAÍS SÉRIO! 
Folha de S. Paulo
O RASTRO DA CLOROQUINA
No interminável catálogo de abusos cometidos pelo governo Jair Bolsonaro ao longo da pandemia, poucos terão sido tão emblemáticos quanto a promoção de um tratamento fictício para a Covid-19.

Medicamentos como ivermectina, azitromicina, mas sobretudo a cloroquina e sua variante hidroxicloroquina, ganharam da administração federal ares de panaceia, em completo desacordo com a ciência e os princípios da boa gestão.

É não apenas natural como esperado, pois, que a comissão parlamentar de inquérito criada para apurar as responsabilidades governamentais na pandemia se debruce sobre o tema. Material de trabalho certamente não faltará.
Sobejam imagens e falas do mandatário propagandeando, exaltando e celebrando em discursos oficiais,
lives e conversas com apoiadores a inexistente eficácia de tais drogas contra os males da Covid-19.

Mais grave: não faltam registros de que a máquina pública foi mobilizada para promover o charlatanismo sanitário. Já chegou à mão dos parlamentares um ofício de junho de 2020 em que o Ministério da Saúde orienta a Fiocruz e outros órgãos vinculados à pasta a indicar a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina para os que contraíram a enfermidade e a divulgar o tratamento.

Outros dois documentos, de junho e outubro, mostram que o governo federal usou a mesma Fiocruz para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina destinados a pacientes com coronavírus, num desatino que consumiu recursos emergenciais para ações contra a Covid-19.

Sabe-se ainda que, além de fabricar a droga, a administração federal se empenhou para que ela fosse distribuída a todo país, movimentando na estroinice nada menos que cinco ministérios.

O uso das substâncias, cujo estímulo contou com cúmplices de peso, como o Conselho Federal de Medicina, além de não ajudar os acometidos pela doença, pode ainda ter colaborado para mortes.

Num episódio abominável ocorrido em Manaus, uma paciente puérpera morreu dias depois de uma sessão de nebulização de hidroxicloroquina. Atrocidades do gênero dificilmente teriam ocorrido sem o incitamento das instâncias federais ao emprego de tais medicamentos.

Cabe à CPI seguir esse rastro de incompetência, curandeirismo e indignidade, apurando os desmandos e apontando os culpados. (editorial de 23/04/2021 da Folha de S. Paulo)
TOQUE DO EDITOR Está certíssimo o jornalão da alameda Barão de Limeira: não existe a mínima possibilidade de Jair Bolsonaro justificar com argumentos plausíveis a indução de cidadãos simplórios a combaterem a terrível pandemia que nos assola com remédios contra malária, bronquite, doenças venéreas, vermes, parasitas, etc.   

Só faltou acrescentar que será um episódio totalmente inusitado se tal bizarrice tiver-se devido apenas a mais uma loucura do pior presidente brasileiro de todos os tempos. 

Desde 1967 acompanho atentamente a crapulosa política brasileira e jamais vi tamanho malbaratamento de recursos públicos ocorrer sem que houvesse favorecimento de beneficiário(s) e pagamento de comissões para prevaricador(es). 

Falando português claro: se a CPI conseguir reunir prova(s) e identificar o(s) envolvido(s), esta terá tudo para ser a bala de prata que vai matar o lobisomem. Torçamos para os caçadores de monstros! 
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(por Celso Lungaretti)   

Um comentário:

Anônimo disse...

E seria alvissareiro se, de quebra, a CPI do Genocídio expusesse, eviscerasse, a participação criminosa do Exército (de ocupação) Brasileiro neste governo sórdido, de marginais, de inspiração nazista. O envolvimento da Força na suspeita produção e distribuição da cloroquina daria uma boa chance para mostrar ao País os vagabundos que temos formado, sustentado e armado: uma quadrilha a serviço do Capital, mas que atualmente se desespera na busca de um inimigo fácil como o "comunismo". Só lhes resta, então, a participação no mais abjeto banditismo como este encabeçado pelo Facínora. Seria fundamental essa exposição; o fim desse mito nefasto que carregamos desde a Proclamação da República e que se exponenciou na Ditadura de 1964.
Marco Aurélio, Rio de Janeiro

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