O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, mencionou nesta 6ª feira (4), num tuíte, a teoria de conspiração do Great Reset (grande recomeço ou zeragem), sobre a origem da covid-19, após participar de uma conferência da Organização das Nações Unidas.
"A pandemia não pode ser pretexto p/ controle social totalitário violando inclusive os princípios das Nações Unidas. As liberdades fundamentais não podem ser vítima da Covid. Liberdade não é ideologia. Nada de Great Reset", escreveu na rede social Twitter, acrescentando o link para um vídeo da minha fala em sessão ONU s/ Covid".
Na véspera, Araújo participara de uma conferência extraordinária das Nações Unidas sobre a pandemia do vírus Sars-Cov-2. O encontro, visando alcançar um compromisso global face à pandemia, contou com a participação de mais de 90 chefes de Estado e governo.
Em maio, a teoria tomou impulso após o fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, anunciar a intenção de reunir líderes mundiais, num encontro denominado Great Reset, para discutir as mudanças climáticas e a reconstrução sustentável de economias prejudicadas pela pandemia. Isso deu margem a rumores sobre elites que manipulariam a economia e a sociedade mundiais.
Apesar de não citar diretamente o termo em seu discurso na ONU, o chanceler do Brasil falou de uma armadilha para suprimir liberdades durante a atual pandemia. Há mais de 66 milhões de casos confirmados de covid-19, em todo o mundo, resultando em 1,5 milhão de óbitos, segundo dados mais recentes da Universidade Johns Hopkins.
CONSPIRAÇÃO À BRASILEIRA – "A covid-19 não pode servir como pretexto para avançar agendas que extrapolam a estrutura constitucional das Nações Unidas", insistiu Ernesto Araújo, comentando a situação da pandemia no BrasiL. Com mais de 6,5 milhões de casos e quase 176 mil vítimas, o país apresenta a segunda maior mortalidade de covid-19, depois dos Estados Unidos.
Entre os que advogam o Great Reset conta o QAnon, um movimento surgido nos Estados Unidos em 2017, combinando várias teorias da conspiração, e que já ganhou uma versão brasileira a qual se tem espalhado rapidamente entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
O movimento nasceu em fóruns na internet da extrema-direita americana, onde um anônimo (QAnon) passou a alegar que possuía informações secretas de agências de segurança sobre um grupo liderado por uma elite corrupta de pedófilos satanistas, os quais sequestrariam e sacrificariam crianças.
No Brasil, o QAnon adaptou-se à narrativa conspiratória local. Alegando defender valores cristãos e conservadores, seus disseminadores usam as redes sociais para espalhar falsidades contra críticos ao governo bolsonarista.
(reprodução de uma esclarecedora
reportagem da Deutsche Welle Brasil)
10 comentários:
Celso,
O que esses caras que não conhecem nem sequer as teclas de atalho do windows falam não merece sequer ser examinado.
Estão no tempo do mito e da lenda para explicar os fatos e. por isso, em tudo há algum tipo de adjetivo, em geral ofensivo.
"Fuja dos adjetivos" já dizia o mestre Gracialiano.
***
Como eu entendo a criptomoeda, mas posso estar errado.
***
A moeda criptografada já é uma realidade com a implantação do PIX.
Se eu comprar algum bem e transferir o crédito (nominado em reais) para o vendedor a operação será debitada na meu livro-caixa e creditado no livro-caixa dele. Logo, é possível rastrear de onde veio e para onde foi o numerário (a criptomoeda) enquanto unidade de valor (abstrato) e essa rastreabilidade tem no nome de "blockchain".
Blocos de lançamentos contábeis indissoluvelmente conectados numa corrente que remonta a origem da unidade monetária que proporcionou a transação.
A criptomoeda é o facebook do dinheiro.
E isso já está acontecendo.
***
Na minha visão, quanto mais crescer esse tipo de transação, maior será o controle dos bancos centrais (nacionais inicialmente) sobre a economia e permite, sim, a implantação de um regime totalitário num nível jamais sonhado.
***
Como se pode perceber, após a derrocada do padrão-ouro, os estados-nações (cobradores de impostos e moedores de gente) perderam completamente a noção quanto a criação de moeda fiduciária; seja imprimindo cédulas ou emitindo dívida que é, obviamente, impagável.
O passivo é imenso.
O grande reset refere-se a isso.
Encontrar uma saída desse corner.
***
A ideia básica do reset é algo semelhante a um yom kippur e a consequente adoção de uma nova moeda (criptomoeda) transnacional, ou seja, um retorno ao padrão-ouro, mas no formato de uma inteligência artificial.
Isso significa o fim do estado-nação e seu magno poder de emitir moeda falsa e sem lastro, motivo pelo qual os caras estão chiando, e muito.
Tanto é que o fórum mundial foi adiado.
***
O restante não muda.
A exploração do semelhante, a servidão e toda a perversão decorrente disso continuam, porém, mediadas por uma criptomoeda estável, em teoria.
***
SF
Meu caro,
sei o que é a baboseira ultradireitista de great reseat e sei o que é a criptomoeda, mas jamais havia lido algo sobre a existência de um liame entre ambas.
Então, pedi uma xícara de açúcar para o vizinho... quer dizer, pedi para o Dalton responder este seu comentário.
Um abração!
Caro Celso
Você não postou, nem fez referência, ao texto do Janio de Freitas
"Bolsonaro e seus generais seguiram o ídolo Trump na pandemia do coronavírus"(05/12)
Abraço, Fausto Neves
Fausto, seu pedido virou post. Um abração!
Caro Celso
Agora 13:22 PM ainda não encontrei o post!
Por outro lado, como você vê as eleições para câmara e senado?
Abração
Fausto Neves
Calma, companheiro! Eu ainda estava finalizando, agora está no ar.
Quanto ao Legislativo, sou coerente com o que eu e o Dalton sempre afirmamos: é hoje um poder-biombo, que gira como satélite na órbita do poder econômico, servindo apenas para esconder dos olhos do povo quem é que realmente manda.
Então, não dei a mínima para o resultado das eleições, salvo do ponto de vista da acumulação de forças para irmos atrás dos nossos objetivos onde realmente podemos e temos de concretizá-los: as ruas.
Caro Celso
Desculpe a ansiedade!
Agradeço demais pela citação da minha colaboração!
Fico sempre pensando... O que o Massa diria disso tudo?
Abração
Fausto Neves
A minha imaginação não vai tão longe assim.
Tendemos a pensar nas pessoas do jeito que elas eram na última vez que as vimos. Então, foi eu me lembrava do Massa brincalhão, irônico, como ele estava naquele congresso da Upes no Crusp, no final de 1968.
Tínhamos levado representantes de vários colégios, mas nossos adversários do Colégio de Aplicação levaram uns 100 só de lá. Então, se fosse por colégios representados, ganharíamos nós; se fosse por cada cabeça, um voto, ganhariam eles.
Eu e o Massa estávamos tumultuando para que nada se decidisse no sábado e pudéssemos tentar algum acordo, à noite, com os "aplicadinhos" (como os chamávamos).
Eu ficava colocando questões relevantes que exigiam discussão e tomavam tempo. O Massa provocando o adversário, com frases ofensivas, tipo "o movimento secundarista não pode ficar à mercê da pequeno-burguesia privilegiada do Aplicação". Aí a revolta dos ofendidos consumia mais tempo ainda e o Massa dava uma piscadela irônica para mim.
Quando soube da morte dele, não batia. Aquele nissei brincalhão, que gostava tanto da ficar conhecendo novidades, lia apaixonadamente notícias sobre filmes que estavam chegando como "Easy Rider"... cometendo suicídio?!
A luta armada foi uma experiência terrível, tanto pelo que nós mesmos sofríamos, quanto pelo que acontecia com companheiros que estimávamos.
Eu começava meu dia comprando o jornal e folheando-o enquanto tomava café na padaria, sempre com medo da notícia que poderia encontrar de morte ou prisão de companheiros que eu conhecia. Era um baita alívio se nada disso constava.
Caro Celso
Para mim o Massa sempre será uma Saudade...
Como você tem razão, dias atrás escreveu aqui: "Quanto ao Legislativo, sou coerente com o que eu e o Dalton sempre afirmamos: é hoje um poder-biombo, que gira como satélite na órbita do poder econômico"
A Folha, hoje, escreve:"A reviravolta do fim de semana no Supremo Tribunal Federal, que contrariou expectativas dos políticos ao barrar a reeleição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pode ter aberto uma janela para
aprovação de projetos do interesse do setor privado
Abraços
Fausto Neves
Você me fez lembrar de algo que o Paulo Francis escreveu sarcasticamente há umas quatro décadas: que os políticos, durante o expediente, só recebiam de suas assessoras e amigas a felação, pois queriam estar sempre prontos para atender visitantes quem lhes fossem propor algum cambalacho, então era mais rápido fechar o zíper do que vestir a calça.
Postar um comentário