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TRUMP DIVULGA VÍDEO COM LEMA DA SUPREMACIA BRANCA
O presidente Donald Trump recorreu à Supremacia Branca hoje (domingo, 28) numa rede social. Ele retuitou um vídeo no qual um dos seus apoiadores grita duas vezes Poder Branco (White Power) em resposta a críticos do seu governo.
É mais uma subida do tom racista que o presidente vem imprimindo à sua campanha à reeleição. Ele tem chamado o coronavírus de kung flu, numa alusão racista a kung fu, a arte marcial chinesa.
A Supremacia Branca é uma ideologia racista que prevê que pessoas brancas devam governar os países em detrimento de outras raças e etnias. O retuíte de Trump surpreende por acontecer num momento em que há protestos nos EUA contra o racismo estrutural e a violência policial que atinge mais os negros.
Na postagem, Trump escreveu, ao divulgar o vídeo: "Obrigado ao grande povo de The Villages [Flórida]. A esquerda radical democrata não faz nada, vai cair no outono. Corrupto Joe [Biden, o candidato do Partido Democrata] 'tá morto. Nos vemos em breve!!!".
O vídeo de dois minutos e oito segundos mostra um encontro na Flórida entre apoiadores e críticos de Trump. Biden está liderando as pesquisas no estado, no qual o republicano ganhou da democrata Hillary Clinton há quatro anos. A eleição estadunidense acontecerá em 3 de novembro, outono no Hemisfério Norte.
A estratégia de uso explícito de um lema racista tende a reduzir o apoio a Trump entre conservadores moderados que votaram nele em 2016. Parece um tiro no pé para manter o apoio desses eleitores. O moderado Joe Biden tem um perfil que não assusta esse segmento, se comparado a outros nomes do Partido Democrata.
Para piorar a situação de Trump, a pandemia de coronavírus está se agravando no sul do país. Os estados da Florida e do Texas decidiram suspender a reabertura da economia, fechando bares novamente. No Arizona, há risco de estrangulamento da estrutura hospitalar com o aumento das internações.
Pelo quinto dia consecutivo nos EUA, houve registro de recorde de casos de Covid-19. Neste sábado, foram contabilizados 44.782 casos da doença. A pandemia cresce em 33 dos 50 estados dos EUA. (por Kennedy Alencar, no UOL)
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