O anúncio do pibinho de 2019 foi um balde d'água fria nas esperanças dos cidadãos comuns, que não aguentam mais tantos anos seguidos de penúria.
O empresariado percebe que o ministro Paulo Guedes não entregou nem mostra firmeza quanto a entregar a retomada do crescimento que cansou de prometer.
O mundo parece prestes a entrar numa nova recessão global, augurando tempos ainda mais difíceis para o Brasil e, no mínimo, outro ano perdido para nossa economia.
O badernaço promovido por algumas dezenas de encapuzados da PM cearense, com reação tardia e tíbia do Governo Federal, inquietou governadores e fez os setores mais carentes da população temerem que serão doravante abandonados à sanha dos marginais, ao sabor de interesses políticos ultradireitistas.
O aumento contínuo dos casos do novo coronavírus vai desfazendo as ilusões de que o Brasil pudesse evitar o alastramento da nova epidemia.
Quando uma tempestade perfeita está se formando diante dos brasileiros, o que faz o presidente da República? Tranquiliza-os e tenta manter-lhes o moral alto para enfrentarem unidos as adversidades que se aproximam?
Conselheiro do Bolsonaro, Waldir Ferraz convoca para domingo: quer AI-5 e SOLUÇÃO FINAL. |
Não, incita uma manifestação de um contingente minoritário de aloprados contra os outros Poderes da República, o Legislativo e o Judiciário. Divide os brasileiros ainda mais e faz aumentar desnecessariamente seu estresse, no pior momento possível.
É normal um chefe de governo proceder assim? Não, nem de longe. O timing delirante de Jair Bolsonaro só faz crescerem as especulações de que não possui sequer a sanidade mental necessária para o exercício da Presidência da República.
Enfim, como o bom senso ditaria ao Bolsonaro se ele estivesse disposto a escutá-lo, faça não, pode ser a gota d'água!.
Pois sua permanência no posto depende, mais do que tudo:
Enfim, como o bom senso ditaria ao Bolsonaro se ele estivesse disposto a escutá-lo, faça não, pode ser a gota d'água!.
Pois sua permanência no posto depende, mais do que tudo:
— do poder econômico, que vê Rodrigo Maia esforçando-se para evitar o descontrole total e Bolsonaro tudo fazendo para botar fogo no circo; e
A situação constrangedora do alto oficialato no governo de quem, na ativa, não passou de tenente... |
Então, a adesão e estímulo do Bolsonaro à patetada golpista do próximo domingo (15) pode convencer os que ainda vacilam de que o Brasil precisará de um verdadeiro estadista para atravessar com o menor sofrimento possível os tempos difíceis que se avizinham, não de um comediante que só produz humor negro.
Pode ser a gota d'água. (por Celso Lungaretti)
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