domingo, 3 de novembro de 2019

NÃO É SÓ O PRESTÍGIO DO BOZO NO BRASIL QUE DERRETE: AS ALIANÇAS COM OS FEIOS, SUJOS E MALVADOS DO EXTERIOR, TAMBÉM!

daniel avelar
PARCEIROS INTERNACIONAIS DE JAIR BOLSONARO
ENFRENTAM DIFICULDADES CRESCENTES
Aliados do presidente Jair Bolsonaro enfrentam problemas para se manter no poder nos últimos meses. O presidente americano Donald Trump é alvo de processo de impeachment. O chileno Sebástian Piñera é alvo de protestos. O argentino Mauricio Macri perdeu a eleição e deixará o cargo.
Lembrou a comédia Seduzida e Abandonada

Veja abaixo mais detalhes sobre os problemas enfrentados pelos líderes estrangeiros: 

DONALD TRUMP (EUA)
Ídolo de Bolsonaro, o republicano enfrenta um processo de impeachment na Câmara dos Deputados, controlada pela oposição democrata, devido às suspeitas de que praticou toma lá dá cá com autoridades ucranianas. 

Ademais, o adiamento da entrada do Brasil na OCDE e a possível derrota de Trump para um candidato de esquerda nas eleições americanas de 2020 lançam dúvidas sobre os supostos benefícios da estratégia brasileira de alinhamento incondicional à Casa Branca.

SEBASTIÁN PIÑERA (Chile)
Bolsonaro apostava em uma aliança com o líder chileno para refundar a ordem regional na América do Sul sob o manto do conservadorismo. Também pesou na aproximação com o Chile o encantamento com a ditadura de Pinochet, vista pelo governo brasileiro como referência de gestão econômica e controle social. 
Brasil imita o que deu errado e causa revolta no Chile
Tudo parecia ir bem na relação, até as ruas pressionarem Piñera a mudar de rumo e formular respostas à tremenda desigualdade econômica herdada do período militar.

MAURICIO MACRI (Argentina)
Bolsonaro passou os últimos meses fazendo campanha aberta para o presidente argentino. Apesar do apoio do brasileiro, Macri disse adeus à reeleição após ser derrotado pelo candidato peronista Alberto Fernández no domingo passado (27). 

O resultado é expressão da raiva dos eleitores diante do aumento da inflação e dos índices de pobreza nos últimos anos. O azedamento da relação do governo Bolsonaro com a Argentina pós-Macri pode pôr em risco as parcerias comerciais do Mercosul.

Quem nasce para Evo Morales, nunca chega a Touro Sentado
EVO MORALES (Bolívia)
No início de seu mandato, Bolsonaro passou por uma inesperada lua de mel com o líder boliviano. Apesar de pertencerem a campos ideológicos opostos, ambos vinham demonstrando respeito mútuo e disposição ao diálogo.

A presença de Morales na cerimônia de posse do brasileiro e a cooperação da Bolívia na captura e extradição do fugitivo italiano Cesare Battisti ajudaram a aquecer a relação. A amizade esfriou após Bolsonaro enxergar irregularidades na votação que reelegeu Morales.

BINYAMIN NETANYAHU (Israel)
O namoro com Bibi, como é conhecido o líder israelense, tinha tudo para dar certo. Bolsonaro peregrinou por Jerusalém em abril em busca de parcerias na área de defesa e até tentou transferir a embaixada brasileira para a cidade sagrada, mas acabou recuando da promessa face às ameaças de retaliação comercial por parte de países árabes.
Netanyahu se complica em várias frentes
Alvo de inquéritos por corrupção, Netanyahu agora corre o risco de perder o cargo após fracassar em formar uma coalizão mesmo tendo convocado duas eleições em menos de seis meses.

MOHAMMED BIN SALMAN (Arábia Saudita)
Durante sua visita recente à Arábia Saudita, Bolsonaro declarou ter “certa afinidade” com o príncipe herdeiro do país, conhecido como MbS. O afago público é uma estratégia para atrair os investidores do Golfo, mas esconde o sinistro histórico de direitos humanos do monarca.

Desde que chegou ao poder, em 2017, MbS intensificou a perseguição contra dissidentes e comandou a carnificina contra civis no Iêmen. Ele também é apontado como mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.

MATTEO SALVINI (Itália)
O líder da direita ultranacionalista é visto como uma referência na Europa para os correligionários de Bolsonaro.
Salvini tentou virar premiê, mas errou feio o pulo

Defensor da linha dura contra imigrantes, Salvini ganhou popularidade e transformou sua agremiação Liga em uma das maiores forças políticas do continente.

Ele chegou a integrar o governo da Itália ao lado os populistas do Movimento 5 Estrelas, mas foi expulso da coalizão em agosto após se lançar para o cargo de primeiro-ministro. Sua saída acabou deixando Bolsonaro sem interlocutores de peso em Roma. (por Daniel Avelar)

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