domingo, 20 de outubro de 2019

...E FOI ENTÃO QUE AS PORTAS DO INFERNO SE ESCANCARARAM NO BRASIL! (1ª parte)

elio gaspari
PROJETO DE JANOT ERA DERRUBAR TEMER E
IMPEDIR ESCOLHA DE
 DODGE PARA A PGR
O Intercept Brasil revelou que, às 20h11 do dia 17 de maio, o procurador Deltan Dallagnol disse o seguinte a uma colega:
"Janot me disse que não sabe se Raquel é nomeada porque não sabe se o presidente vai cair".
Poucas horas antes da conversa de Janot com Dallagnol havia explodido a bomba do grampo de Temer com o empresário Joesley Batista, ocorrida em março. Janot conhecia o áudio e, desde o início de maio, sabia também que o repórter Lauro Jardim recebera uma narrativa da conversa gravada.

A frase desconjuntada de Dallagnol revela que naquela noite Janot associava uma possível queda de Michel Temer ao desejo de bloquear a escolha de Raquel Dodge para o seu lugar. 

O então procurador-geral da República ficou na situação do japonês de Hiroshima que, em agosto de 1945, acordou, foi ao banheiro, deu a descarga e BUUUM explodiu a bomba atômica.

O japonês da piada enganou-se, mas Janot achou que detonara o governo e Temer cairia. Nas 24 horas seguintes, pareceu possível que o presidente renunciasse.

Antes da explosão do grampo de Joesley Batista, Janot teve pelo menos duas conversas com Temer, tratando da sua substituição na procuradoria-geral, pois seu mandato ia até setembro. Em ambas, criticou os colegas que provavelmente viriam na lista tríplice da guilda de procuradores, esperada para junho. 

Seu desapreço pela doutora Dodge era enfático. Na segunda conversa, Temer cortou a manobra dizendo-lhe que se estivesse interessado em ser reconduzido, seria melhor que se inscrevesse como candidato. 

A conversa de Janot com Dallagnol também sugere que o procurador-geral dificilmente iria ao Supremo no dia 11 de maio decidido a fuzilar o ministro Gilmar Mendes, matando-se em seguida. 

Noves fora que ele não estava em Brasília, mas em Belo Horizonte, ele tinha outro projeto: soltar o grampo de Temer, derrubá-lo, impedir a escolha de Raquel Dodge e, quem sabe, ser reconduzido para a procuradoria-geral. (por Elio Gaspari)

2 comentários:

Anônimo disse...

Sinceramente, depois desse texto inútil com uma piada infeliz sobre uma hecatombe histórica, Elio Gaspari poderia se recolher e nos poupar de sua soberba...

celsolungaretti disse...

Discordo. Acho importante que todos os brasileiros saibam o papel desempenhado pelos responsáveis por tal hecatombe histórica (a eleição de um presidente que não tem condições morais nem intelectuais sequer para síndico de prédio):
— as Organizações Globo, em função de interesses econômicos;
— a força-tarefa da Lava-Jato, para acumular poder;
— o Joesley Batista, para ter seus crimes financeiros lavados a jato;
— o Janot, porque considerou que valia a pena virar o Brasil de pernas pro ar para obter novo mandato de procurador e fechar a porta à desafeta que tendia a sucedê-lo no cargo.

O inferno, tal qual Dante o descreve, seria pouco para essa gente pagar pelo mal que causou ao país.

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