terça-feira, 13 de agosto de 2019

EMPOSSADO, O HOMEM DA ARMINHA VIROU METRALHADORA GIRATÓRIA DE DISPARAR PROVOCAÇÕES, GROSSERIAS E ASNEIRAS

josias de souza
GOVERNO ALTERNATIVO DO CAPITÃO ATRAPALHA O OFICIAL
Há dois governos em Brasília, o alternativo e oficial. Num, Jair Bolsonaro comanda o departamento de efeitos especiais. 

Noutro, o ministro Paulo Guedes e sua equipe se esforçam para que não desande no Congresso a agenda sobre os problemas do Brasil real. 

Tasso Jereisssati, relator da reforma da Previdência no Senado, pede a Bolsonaro que se cale. Rodrigo Maia, já habituado à verborragia presidencial, cuida de colocar em pé uma reforma tributária predominantemente do Legislativo. 

No governo dos efeitos especiais, Bolsonaro trata de tudo o que não faz sentido: 
— da influência do funcionamento do intestino na preservação do meio ambiente à interferência nos assuntos eleitorais da Argentina; 
— da defesa do fim dos radares nas rodovias à nomeação do filho despreparado para a embaixada em Washington, etc.

No governo do mundo real, Guedes pede "um pouco de paciência" às vítimas da ruína econômica. 

O vaivém errático de Bolsonaro dá ao governo tocado por Guedes uma aparência de falta de rumo. A movimentação do ministro da Economia e do Congresso é um esforço para fazer com que o país saia do buraco em vez de continuar jogando terra em cima de si mesmo. 

O ano de 2019 já está comprometido com a mediocridade. Tenta-se salvar 2020. O silêncio de Bolsonaro ajudaria. Mas ele não virá. 

O presidente da República parece determinado a empurrar para dentro da agenda do país todos os rancores que acumulou nos 28 anos que frequentou o baixo clero da Câmara. 

Por sorte, Paulo Guedes e o Legislativo se convenceram de que as únicas contas que precisam ser ajustadas são as contas públicas do Brasil real. (por Josias de Souza)

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