O jornalista alagoano Cláudio Humberto Rosa e Silva se tornou nacionalmente conhecido como assessor de imprensa de Fernando Collor de Mello, tanto durante a campanha eleitoral quanto depois de empossado na Presidência da República.
Agora mantém uma coluna política publicada em vários jornais brasileiros.
Nesta 6ª feira (28), assim abordou o possível paradeiro do escritor Cesare Battisti:
"Fontes policiais desconfiam que o terrorista italiano Cesare Battisti estaria escondido em território nacional, e em São Paulo...
Uma das pistas investigadas dá conta de que importante político do PT paulista estaria escondendo o terrorista.
Escola Base (*): multidões não hesitam em barbarizar |
O político petista que estaria escondendo o Battisti teria ajudado a criar no Congresso, anos atrás, um comitê de solidariedade ao terrorista".
Um grande problema que os jornalistas enfrentamos ao lidar com informantes da política, da polícia, etc., é a possibilidade de eles estarem nos soprando algo que lhes convém colocar em circulação e não necessariamente a verdade.
Isto parece ter acontecido mais uma vez, pois não faria nenhum sentido o Cesare abrigar-se com o ex-senador Eduardo Suplicy (alvo óbvio da insinuação), um dos primeiros defensores de sua causa de quem as autoridades suspeitariam.
Torço para que o Suplicy, agora sem mandato, não sofra arbitrariedades, nem seja retaliado com ações concertadas das turbas ultradireitistas (como a desencadeada contra a brilhante jornalista Patrícia Campos Mello quando ela desmascarou as ilegalidades de campanha de Jair Bolsonaro).
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* episódio ocorrido na capital paulista em 1994, quando um delegado ávido por holofotes acusou precipitadamente de assédio sexual os proprietários de uma escola para crianças.
Por causa do sensacionalismo da mídia, os coitados tiveram a escola depredada e quase foram linchados. Comprovada sua inocência, a Justiça condenou o governo paulista e vários veículos da imprensa a indenizarem-nos. (Celso Lungaretti)
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