quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O BLOG DO NOVO MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES CAUSA INQUIETAÇÃO: TEME-SE QUE ELE VÁ COBRIR O BRASIL DE RIDÍCULO

A boa impressão que sua aparência causa, o blog logo desfaz
O diplomata Ernesto Fraga Araújo, que foi escolhido pelo presidente eleito para pilotar o Itamaraty, é o retrato escrachado da nova ordem: uma mistura indigesta de anticomunismo primário com religiosidade medieval. Neste caso, temperada com falsa erudição.

Qualquer semelhança com o Olavo de Carvalho não é mera coincidência: foi dele a indicação.  

Segundo a editora do Painel Político da Folha de S. Paulo, Daniela Lima, a esdruxula opção por um (nem sequer ilustre) desconhecido causou inquietação nos meios políticos:
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"Quem lida com o cotidiano do governo diz que o blog de Araújo, prato feito para polêmicas, será esquadrinhado com lupa pela imprensa estrangeira, que já torce o nariz para o presidente eleito".
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O blog, no qual ele louva o Pai (Trump) e anuncia a chegada do Filho  (Bolsonaro), foi criado em setembro e já lhe rendeu... um ministério! Chama-se Metopolítica 17 (ei-lo aqui). Para ele, a imprensa estrangeira não torcerá o nariz; vai é colocar um lenço perfumado no dito cujo, para conseguir suportar o odor nauseabundo de putrefação que suas ideias exalam. 
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Eis alguns trechos pinçados no balaio da bestialogia generalizada:
De volta às trevas medievais
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"O climatismo é basicamente uma tática globalista de instilar o medo para obter mais poder. O climatismo diz: 'Você aí, você vai destruir o planeta. Sua única opção é me entregar tudo, me entregar a condução de sua vida e do seu pensamento, sua liberdade e seus direitos individuais. Eu direi se você pode andar de carro, se você pode acender a luz, se você pode ter filhos, em quem você pode votar, o que pode ser ensinado nas escolas. Somente assim salvaremos o planeta'".
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"A esquerda se define, hoje, como a corrente política que quer fazer tudo para que as pessoas não nasçam. Aborto, criminalização do desejo do homem pela mulher, contestação do patriarcado e da diferenciação entre os sexos, desmerecimento da reprodução, sexualização das crianças e dessexualização ou androginização dos adultos, demonização de qualquer defesa da família ou do direito à vida do feto como fundamentalismo religioso, desvalorização da capacidade gestativa da mulher, tudo isso aponta num único sentido: não nascer".
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"Existe uma profunda relação natural entre o nascimento, fato central na estruturação de uma família, e a nação, uma espécie de família estendida. Isto não implica negar que pessoas nascidas em outro espaço cultural e físico possam incorporar-se a uma determinada nação, mas para tanto é preciso que essa nação exista e possua a autoconvicção de sua existência de maneira a absorver os que nela ingressam... [É] quase como se a pessoa nascida em outro espaço que deseje incorporar-se a uma nova nação tivesse de passar por um novo nascimento ao naturalizar-se. De tal maneira, não surpreende que uma esquerda antinatalista seja também antinacionalista".
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"No Brasil, o mito está tocando a história e fazendo-a renascer. Esse toque é raríssimo e precioso. Apenas o mito empresta vitalidade à história. O marxismo, que quer encerrar a aventura humana (por saber que nessa aventura o homem acabará encontrando a Deus), odeia por isso o mito, e consequentemente planeja o fim da história.
"Mito tocando a história": uma bajulação bem diplomática...
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A utopia marxista tem por objetivo eliminar toda as contradições da vida humana, criando a sociedade comunista e promovendo o fim da história. Sim, o fim da história é a uma meta marxista. 
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A globalização triunfante que, no início dos anos 90, proclamou o fim da história, não estava senão enunciando um conceito marxista. Mais do que isto: sem o saber, estava hasteando a bandeira comunista ao mastro de uma nova sociedade universal materialista".

Um comentário:

Marcia Gatto disse...

As redes sociais são democráticas . Como dizia Umberto Eco, qualquer imbecil pode nelas se manifestar.

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