segunda-feira, 22 de outubro de 2018

CANÇÕES-SÍMBOLOS DA LUTA CONTRA O FASCISMO, PARA INSPIRAR-NOS NESTA SEMANA DECISIVA

Itália (Bella Ciao)

Espanha (L'Estaca)

Brasil (Pra não dizer que não falei das flores)

Chile (El pueblo unido jamás será vencido)

Portugal (Grândola, Vila Morena)

5 comentários:

Anônimo disse...

Olá, aqui é Hebert, falando do Rio de Janeiro.
Na busca de conteúdo sobre política e sobre assuntos em geral
( algo que infelizmente perdemos a prática de discutir ), tive a felicidade
de encontrar este blog, através de outros ( Mingau de Aço e Linhaça Atômica - Alexandre Figueiredo ).
Independentize de não ser de esquerda, tive grande satisfação de ler por aqui,
textos escrito por pessoas que estão fora da chamada "Bolha intelectual", de
fácil compreensão, didático, uma pena que não tenha mais visibilidade.
Mais importante ainda, os textos são cheios de algo que anda bem escasso a todos
nós brasileiros nos últimos 20 anos, Senso crítico e autocrítico.

Sobre música, algo que me vem na lembrança, nestes nossos tempos estranhos,
é essa:

Buffalo Springfield - Stop Children What's That Sound.

Abraço.

celsolungaretti disse...

Seja bem-vindo, Herbert.

Realmente, é uma pena que este blog não seja mais conhecido. Trata-se, no entanto, do preço que pagamos por nossa independência. Exatamente o senso crítico e autocrítico a que você se referiu.

Infelizmente, as pessoas se tornaram sectárias demais pro nosso gosto. Afora o David Emanuel Coelho (o benjamim da equipe, que está chegando aos 30 anos) e o excelente cronista Apollo Natali (recentemente falecido), os outros três estamos na estrada desde o fim dos anos 60.

O Dalton Rosado, o Rui Martins e eu somos de esquerda, mas da esquerda de um tempo em que ninguém era obrigado a dizer amém a tudo que alguma tendência dominante naquele momento pregava. Os questionamentos eram admitidos e ninguém virava pária por divergir.

Na atualidade, um número imenso de portais, sites e blogs publicava meus artigos quando eu defendia a liberdade de Cesare Battisti, mas quase todos me fecharam as portas quando eu comecei a criticar os erros da Dilma Rousseff, embora eu não estivesse fazendo campanha contra ela, apenas apontando o que estava errado para que pudesse ser corrigido em tempo.

Não adiantou, agora qualquer voz dissonante, mesmo que também pertença ao campo da esquerda, recebe tratamento de inimiga. Depois, quando o acerto de cada uma das minhas críticas e advertências se confirmou, ninguém teve sequer a humildade de me pedir desculpas.

Mas, seguiremos em frente. Não faria o menor sentido mantermos este trabalho (que não rende um centavo sequer aos colaboradores e a mim) se não pudéssemos escrever o que realmente consideramos ser o certo e o necessário.

Só para dar um exemplo atual, cansei de alertar que:
– a insistência do PT em manter a candidatura do Lula não levaria a nada, porque a batalha legal estava de antemão perdida; e
– que o ideal nesta eleição seria uma candidatura única da esquerda, tendo como cabeça de chapa alguém que não pertencesse às fileiras petistas. Quando escrevi isto, falei sozinho. Hoje praticamente ninguém discorda de que teria a melhor opção.

De resto, outra característica da esquerda de outrora é a gama de interesses bem mais diversificada que cada um de nós tinha. Você pode encontrar no blog textos sobre música, cinema, literatura, história, ecologia, psicologia, clima, crônicas, poesia, etc.

Eu mesmo sou um velho roqueiro do tempo em que se tratava da trilha sonora da contracultura e da revolução de costumes. Passei um ano da minha vida vivendo em comunidade alternativa e depois uns 5 anos fazendo crítica roqueira e editando revistas de música, com o pseudônimo de André Mauro.

O Buffalo Springfield me atraiu principalmente por fazer parte da trajetória do Stephen Stills e do Neil Young. Tive um álbum duplo dele, não me lembro mais o nome.

Um abração e escreva à vontade!

Anônimo disse...

Boa noite celsolungaretti, aqui é o Hebert.
Obrigadíssimo pela resposta.

Puxa, quanto tempo na estrada!

Bem, vendo texto sobre nazismos, estive pensando sobre os malefícios da
polarização, e gostaria de saber algo sobre Getuísmo e Lacerdísmo.
Se a forma do povo lidar com a política era a mesma.
Alguma matéria do Blog sobre o assunto, seria legal, ou dicas
de leitura sobre o assunto pelo qual tenho curiosidade, pra saber
sobre o comportamento social, na época.

Ótima semana a você e a todos.

celsolungaretti disse...

Herbert,

comecei aos 16 anos, em 1967. Atravessei 1968 no movimento estudantil, 1969 na luta armada e fui preso em 1970. Deu pra aprender muita coisa. E, como já tinha curiosidade típica de jornalista, costumava pedir aos companheiros mais velhos, veteranos de outras etapas da luta, que me falassem sobre suas experiências. Fiquei sabendo de coisas que não estão nos livros, movimentações de bastidores.

Mas, o que conheço melhor é o período a partir da renúncia do Jânio.

Do governo democrático do Getúlio (o de 1930/1945 havia sido uma ditadura de inspiração fascista, embora evitasse assumir as simpatias por Hitler e Mussolini porque aqui era quintal dos estadunidenses), eu sei que os direitistas da UDN o combateram encarniçadamente porque serviam aos EUA e estes estavam incomodados pelo viés nacionalista adotado por Vargas.

O Carlos Lacerda, jornalista contundente que tinha sido comunista na juventude e depois virou casaca, era o mais talentoso nos ataques à corrupção no governo getulista (o "mar de lama").

Um guarda-costas do Getúlio, que idolatrava o chefe, caiu na besteira de tentar matar o Lacerda. Feriu-o na perna, mas, com O outro disparo, matou um oficial da Aeronáutica que protegia o "corvo". A Aeronáutica era a Arma mais alinhada com os golpistas da UDN.

Aí a situação de Vargas ficou insustentável. Os fardados lhe deram um ultimato, exigindo sua renúncia. Preferiu suicidar-se e contra-atacar com a carta-testamento.

É o que sei dessa história.

Anônimo disse...

Olá Celso, aqui é o Hebert.

Tudo bem?

Caramba, Idolatria, Atentado de fanático, golpismo, fascismo,
apesar de não saber pouco sobre a história, é impossível
não notar, quanta coincidência!!!

Puxa Celso, sua descrição de Carlos Lacerda, me lembrou agora um
certo jornalista apelidado de "tio Rei", não?!

Como já havia escrito, não sou de esquerda, mas me sinto bem vindo,
e a vontade por aqui, obrigado pela sua descrição dos fatos, me
serve de parâmetro.

Fortíssimo abraço a Você, e a todos aqui no Blog, e principalmente ao país,
que está precisando de abraço mais que apertado, colo, cafuné, e muito apoio,
que estou propenso a dar neste Domingo ( apoio Crítico, se é que me entende ).

Apoio acima dos meus gostos e preferências pessoais, algo que infelizmente
nos falta. E olha que haviam candidatos, pra todos os gostos e preferências,
nestas eleições, não é verdade?

Até lá.







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