terça-feira, 10 de julho de 2018

RESPONSÁVEIS PELO PANDEMÔNIO JUDICIAL DE DOMINGO ABREM O JOGO: QUERIAM DESGASTAR A JUSTIÇA.

Por Celso Lungaretti
Como já escrevi noutra ocasião, a partir da prisão do ex-presidente o clima dentro do PT é de sem Lula, o dilúvio. Petistas importantes demonstram, em suas palavras e atos, ter decidido que vale tudo para que Lula, a despeito de sua atual condição de ficha suja, possa participar da eleição presidencial de 2018.  Mesmo que seja causarem um pandemônio judicial como o do último domingo (8).

Orgulhosos do que fizeram, nem sequer tentam disfarçar. Assim, os autores da tramoia revelaram detalhadamente às repórteres Marina Dias e Cátia Seabra, da Folha de S. Paulo, como agiram e qual era seu objetivo.

Não lhes parece ter passado em nenhum instante pela cabeça que, depois de a paralisação selvagem dos caminhoneiros ter evidenciado claramente que os adeptos de uma nova ditadura militar apostam no esfarelamento dos Poderes para tentarem dar seu sonhado putsch, o confronto de togados é mais um passo rumo à instalação do caos.
Lula livre, evidentemente, tem muito mais importância para eles do que Brasil livre... de ditaduras! Os 36 anos em que nosso país esteve submetido ao totalitarismo de direita no século passado parecem passar longe de suas preocupações. 

Mas, se o circo pegar fogo como consequência desta e de outras iniciativas irresponsáveis, muita gente valorosa queimará junto com esses aprendizes de feiticeiros!

Eis a notícia da Folha:
Os que brincam com fogo: Wadih Damous, Paulo Pimenta...
.
"Os autores do pedido de libertação do ex-presidente Lula já previam uma derrota, mas articularam uma ação minuciosa para desgastar a Justiça e tentar converter em ganho político qualquer decisão contra o petista.

Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP) elaboraram estratégia para que o pedido de habeas corpus fosse analisado necessariamente pelo desembargador Rogério Favreto, crítico a Sergio Moro no Tribunal Regional Federal da 4a Região e o plantonista da corte entre os dias 4 e 18 de julho.

O cálculo dos petistas foi premeditado: no início da semana passada, um amigo avisou Pimenta de que a escala de plantões havia sido publicada no site do TRF-4 e que Favreto, amigo de longa data do deputado, seria o responsável pelo tribunal no segundo fim de semana deste mês.
...e Paulo Teixeira.

Pimenta então procurou Damous, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio, e disse que era preciso elaborar uma medida que pudesse cair nas mãos do magistrado. Na 4ª feira (4), decidiu-se pelo habeas corpus em reunião na sala da liderança do PT na Câmara.

...A previsão dos deputados era a de que a decisão de Favreto, favorável a Lula, seria cassada em poucas horas, mas que o episódio ilustraria a tese de que o Judiciário age para prejudicar o ex-presidente".

3 comentários:

celsolungaretti disse...

Prezado SF,

acordei ainda sonolento, autorizei seu comentário e depois, pretendendo clicar no título do post porque queria retornar a ele, cliquei em "excluir".

Lamento a trapalhada e peço que vc poste o comentário de novo, com minhas desculpas.

Abs.

Celso

SF disse...

***
Tranquilo.
Também estou ficando velho. Esqueci o que diria, mas encontrei este soneto de Olavo Bilac.

Velhas Árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

celsolungaretti disse...

Quando era menino, sei lá por que, ganhei um livro de poesias do Olavo Bilac. Li. Só me lembro de quatro: "O caçador de esmeraldas", "Delenda Cartago!", "Satânia" e "Tercetos".

As duas últimas pelo conteúdo erótico, os hormônios impacientes de menino. E as outras duas porque já me sentia atraído por episódios da História.

O que não me atraiu mais foram as poesias parnasianas. Lá pelos 15 já tinha pulado para versos sem métrica e minimalistas.

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