Prêmios artísticos, científicos, esportivos e que tais são a quintessência da chatice e da previsibilidade. Então, aplaudirei sempre em pé quem fuja do script tedioso e faça algo de útil nessas cerimônias quase sempre inúteis.
Memorável foi quando Jean-Luc Godard e outros grandes cineastas franceses impediram a realização do Festival de Cannes de maio de 1968, afirmando que realmente importante naquele momento era o que estava acontecendo nas ruas.
Sacheen Littlefeather representou Marlos Brando no ato |
George C. Scott simplesmente ignorou a cerimônia de entrega do Oscar que a Academia de Hollywood lhe concedeu por Patton – rebelde ou herói?. Bob Dylan procedeu da mesmíssima maneira com relação ao seu Nobel de Literatura.
Marlon Brando enviou uma atriz descendente de índios para recusar em nome dele o Oscar relativo a O poderoso chefão.
John Lennon devolveu quatro anos depois o título que havia recebido, de pertencente à Mais Excelente Ordem do Império Britânico. Perdeu o direito de ser chamado de Sir...
Sinclair Lewis rejeitou o Pulitzer. Jean-Paul Sartre, o Nobel de Liberatura. O pugilista Riddick Bowe atirou o cinturão de campeão do Conselho Mundial de Boxe no lixo. E por aí vai.
Riddick Bowe mostrando seu desprezo pelo CMB |
Ator para quem eu já tirava o boné por suas atuações superlativas n'O poderoso chefão II, Taxi Driver, Touro Indomável, 1900 e Era uma vez na América, De Niro cresceu mais ainda em minha admiração ao inscrever seu nome nessa ilustre relação.
Neste domingo (10), ao subir ao palco para receber o seu Tony Awards (premiação dedicada ao teatro da Broadway), afirmou:
"Eu vou dizer uma coisa: foda-se o Trump!"
Aplaudido por quase todo o público, reiterou:
"Não é mais abaixo Trump. É foda-se Trump!"
Bravo! Bravíssimo!
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