segunda-feira, 7 de maio de 2018

O CIDADÃO COMUM CONTINUA VENDO MARX COM BONS OLHOS. E QUER EDUCAÇÃO E SAÚDE GRATUITAS PARA TODOS.

Metade da humanidade  considera positivo seu legado
Quando se aproximava o segundo centenário de nascimento de Karl Marx, o Instituto Ipsos (a terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo) ouviu 20 mil adultos de 28 países sobre o que considerou serem evoluções dos ideais marxistas nos dias de hoje.

Nove em cada dez pessoas entrevistadas opinaram que a educação em seu país deveria ser gratuita e a saúde assegurada a todos como um direito humano fundamental. Os russos foram os mais incisivos a tal respeito, seguidos pelos sérvios.

Com relação à renda mínima universal, também chamada de renda básica de cidadania, pouco mais de dois terços dos entrevistados se declararam favoráveis a sua introdução. No Brasil ela é defendida ardentemente pelo ex-senador Eduardo Suplicy. 
Suplicy pregando a renda mínima

Em todos os 28 países, quase oito em cada 10 cidadão pensam que os ricos deveriam ser mais tributados, em benefício dos pobres (esse consenso foi mais expressivo na Espanha, na Sérvia e na China).

Com seus cérebros bem lavados, dois terços dos consultados disseram acreditar que a concorrência de mercado faça aflorar o melhor (!) das pessoas, como se a única motivação eficiente para o ser humano fossem as mesquinhas ambições pessoais. Melancólico.

Na mesma linha, quase 70% concordaram com o recebimento de uma remuneração maior por parte dos indivíduos mais talentosos. A visão marxista é de que cada ser humano, de acordo com seu potencial,  deve dar sua melhor contribuição para o atendimento das necessidades dos demais seres humanos, sejam eles talentosos ou não.

Os cidadãos da República Popular da China foram os que mais acentuadamente concordaram com a afirmação de que  os ideais marxistas têm grande valor para o progresso social, seguidos por pessoas da Índia e da Malásia. 

No geral, os entrevistados estavam divididos sobre o potencial do socialismo nos dias de hoje, com metade convencida de que ele tem grande valor para melhorar a sociedade, enquanto quase que toda a outra metade o vê como opressivo.
% de concordância com a afirmação: ideais marxistas têm grande valor para o progresso social
Finalmente, as entrevistas revelaram que o fim do socialismo real na União Soviética não impactou nas pessoas como o atestado definitivo de que o marxismo estaria morto e enterrado. Ele permanece como o referencial de uma sociedade em que os trabalhadores seriam mais valorizados, tanto que costuma ser mais lembrado e citado no período do 1º de maio. 

As informações são do site russo RT.

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