Ciro Gomes, que já foi governador do Ceará e ministro da Fazenda, está indeciso quanto ao seu futuro: não sabe se concorre à presidência do Brasil ou ao cognome de rei do gatilho, que está vago desde a morte do comentarista esportivo Mário Sérgio Pontes de Paiva, uma das vítimas do voo da Chapecoense.
Para os mais jovens, esclareço: em 1981, quando ainda era jogador de futebol e atuava pelo São Paulo, o ônibus da delegação tricolor foi apedrejado após a partida contra o São José e Mário Sérgio afugentou os torcedores adversários com disparos para o chão, o que lhe valeu tal alcunha.
Foi uma insensatez, pois poderia ter feito aumentar a indignação, com péssimas consequências: torcedor(es) baleado(s), jogador(es) ferido(s) pelas pedras, ônibus incendiado, etc. Mas, pelo menos, ele realmente deu os tiros e se responsabilizou por seu ato – pelo menos em parte, pois espalhou a lorota de que as balas eram de festim...
Já Ciro Gomes assume total responsabilidade pelos tiros que não deu nos agentes Polícia Federal, salvo em sonhos ou nos seus devaneios após tomar algumas biritas.
Em vídeo que circula nas redes sociais, aparece afirmando o seguinte sobre o episódio do Eduardo Guimarães:
"Hoje esse Moro resolveu prender um blogueiro. Ele que mande me prender. Eu recebo a turma dele na bala".
É óbvio que o Ciro Gomes não jogará sua carreira política no lixo nem vai arriscar a vida contra atiradores treinados apenas para cometer uma bravata.
Sua frase, portanto, é de uma infantilidade constrangedora, ainda mais por ter partido de um quase sexagenário (completará 60 anos em novembro).
Lamento, Ciro, mas você não merece ser o novo rei do gatilho. Uma criancice dessas só lhe dá direito ao apelido de rei dos sucrilhos.
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