INTERNAUTA COMENTANDO MINHA CARTA ABERTA NO FACEBOOK – Por que que o contribuinte deve indenizar alguém que optou lutar pelos seus ideais? É uma história edificante, mas fica maculada por esse velho costume brasileiro de obrigar a viúva a ressarcir os danos decorrentes de escolhas politicas e morais.
Penso que o Estado deveria, face a esse senhor e aos demais, prestar homenagens, reconhecer os serviços prestados e a defesa de seus ideias, desculpar-se pelo arbítrio de seus agentes, mas, convenhamos, indenização é conta para os contribuintes, os mais pobres, justamente aqueles que eram alvos de suas defesas, pagarem!
RESPOSTA QUE LÁ POSTEI – É porque, no século passado, consolidou-se o entendimento de que indivíduos gravemente prejudicados por governos ilegítimos e tirânicos devem ser compensados por haverem tido suas vidas quase destruídas.
Amigos judeus receberam, aqui no Brasil, indenizações pelo que seus pais e mães haviam sofrido sob Hitler.
E até mesmo um ex-paraquedista francês, que era meu vizinho, foi chamado à França para ser compensado pelo trauma que sofreu (ou deveria ter sofrido) ao integrar uma unidade que torturava bestialmente argelinos, tentando evitar a independência daquela país.
Então, o Brasil apenas cumpriu uma das quatro principais recomendações da ONU para nações que se redemocratizam. Outros países do nosso continente também o fizeram.
Mas, o que eu estou colocando em discussão é o fato de que algumas dezenas de milhares de anistiados receberam normalmente o chamado retroativo, depois de terem se curvado à imposição de um governo que resolveu pagá-los em suaves prestações mensais, mas não queria mudar as normas do programa, porque pegaria mal.
Então, estou sendo retaliado, e meus entes queridos muito prejudicados, apenas porque exigi: se o governo não queria mudar a lei, que a cumprisse!
Aquilo não era nenhuma esmola, mas sim o reconhecimento de que travamos um bom combate em condições dificílimas (quase suicidas) e pagamos por nosso idealismo e coragem com sangue e todo tipo de traumas e transtornos.
Muitos companheiros valorosos morreram e nós, os sobreviventes, temos um compromisso para com eles: o de honrar a luta que travamos. Mas, os governos querem é ser obedecidos, e movem perseguições ilegais contra quem os contraria.
Então, se eu peço apoio dos bons cidadãos, é porque não se trata só de um problema pessoal. Está em jogo a onipotência/prepotência das burocracias governamentais x os direitos do cidadão. Até quando os brasileiros vão se curvar sempre aos poderosos, repetindo como papagaios o mantra manda quem pode, obedece quem tem juízo?
Eu, no limite das minhas forças, estou confrontando tal mentalidade submissa e pusilânime. Quem não mover uma palha por mim, não poderá se queixar quando for tratado a pontapés pelas otoridade atrabiliárias.
4 comentários:
Celso, Celso.
Por que você me boicota? Este comentário aconteceu no meu perfil, você o sabe muito bem. Que mecanismo psicológico te impede de me conceder os créditos a que tenho direito? São tantas correções de erros textuais e de digitação que já fiz em seu blog que já perdi a conta. Infelizmente tenho todos eles salvos em arquivo, como histórico de contribuição com companheiro e com o Náufrago.
Eu lamento muito, mas fazer o quê?!
Claro
Claro,
nunca lhe ocorre outra explicação? Sim, quem escreveu o comentário que eu rebati o fez no seu Facebook, mas achei que seria covardia direcionar meus leitores para lá. Algum poderia espinafras a pessoa. Achei que seria mais digno contar o milagre sem apontar o santo. Apenas isto.
Continuo não estando muito familiarizado com o Facebook nem lhe dando tanta importância. Tento jogar esse jogo o melhor possível, para que não me acusem de esnobe. Mas, eu conhecia mesmo o (e cheguei a gostar no começo do) Orkut, o Facebook eu encaro como um mal necessário.
Vc sabe que muitas vezes escrevi te apoiando, inclusive a entidades. Você fez o mesmo por mim. Não é algo tão pequeno que nos deve dividir, parceiros de infortúnio que somos, cada qual à sua maneira.
Um forte abraço e ótimo fds!
Celso
Caro Celso.
"Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade!" ECLESIASTES 2 Prólogo
Ainda que sem tempo para estas coisas, escrevi aqui e o faço novamente porque sei que este espaço é mediado. Esperava uma resposta reservada.
Cartas à mesa. A transcrição do evento poderia ter-se dado de forma completa transcrevendo do meu Perfil no Facebook a pequena introdução que elaborei para apresentar sua carta, a resposta do meu amigo e sua resposta. Isto é dar crédito, coisa que estou reclamando por espelhar a realidade.
Deixo de declinar outros fatos e prossigo.
É um procedimento tão básico - tanto que você tocou no assunto no meu perfil após a resposta acima - que um veterano das redes sociais e jornalista experiente e de boa formação faria com extrema facilidade. Você utilizou-se muito do ORKUT e quem sabe andar de bicicleta...
Ora, por que não declinar o Santo? Com sua argúcia, poderia ter incluído a parte que me toca no que tange às drásticas INJUSTIÇAS praticadas pela OAB-RJ, Conselho Federal da OAB, Defensoria Pública da União-ES e o Estado brasileiro que desde 2004 não me dão condições de viver com dignidade, pois desde esta época não ganho qualquer remuneração sob qualquer rubrica. Estas instituições mandaram às favas o tão propalado Principio da Dignidade da Pessoa Humana. Mas o suicídio não resolve...
Você imagina como é a vida de uma pessoa como eu, tão influente nas redes sociais, não ser consumidor desde 2004? Não ter renda, patrimônio, emprego ou qualquer auxílio do Estado?
Meu caso agora dorme numa prateleira de alguma estante na Secretaria de Direitos Humanos - SDH - Gabinete da Presidência da República - desde agosto de 2015 onde relato todas estas ignomínias, extremas barbaridades praticadas contra mim quando expropriaram-me do direito de advogar e de ter Acesso à uma Justiça constitucional e gratuita. A DPU-ES, via defensor público burocrata, verdadeiro protótipo de torturador, proibiu-me acesso com fundamento numa Resolução do "Alto Comando" da Defensoria Pública da União, em Brasília, que joga no lixo mandamento constitucional insculpido no art. 5º, inciso LXXIV e Lei 1060/1950, sem falar na Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Pacto de San José da Costa Rica.
Tenho certeza que sua saga lhe é muito dolorosa, e suas atribulações são extremamente grandes como as minhas. A dor lancinante dói em quem a tem, é intransferível.
Então, precisamos de visibilidade, e não podemos perder oportunidades de gritarmos um pelo outro e por outros quando a dor estiver sendo muito insuportável de não mais se aguentar, e não se trata de um drama pessoal, pois tenho inúmeras inserções e atividades voluntárias na sociedade.
É isso, meu caro.
Fraterno abraço.
Claro
Prezado Claro,
sou um homem sério e não invento justificativas apenas para sair por cima em algum episódio. Se você duvidar da minha boa fé, não vale a pena continuarmos este diálogo.
Realmente quis evitar que algum admirador tomasse minhas dores e escrevesse algo hostil àquela pessoa, realmente não domino o Facebook nem gosto dele, realmente há uma diferença grande entre o peso que eu e você estamos dando ao que ocorreu.
Gostaria que essas gotinhas de visibilidade fossem suficientes para produzirem reviravoltas nos nossos casos, mas, infelizmente, não é assim que as coisas se passam no mundo real e eu sou um pouco crescido para ainda ter tais ilusões.
Eu lhe desejo muita sorte, pois você está sendo flagrantemente injustiçado. E espero que, refletindo melhor, você chegue à conclusão de que tirou uma conclusão infundada a meu respeito.
Abs. e ótimo domingo!
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