A banalidade do mal... |
Neste sábado (9), esfreguei nas fuças do presidente da mais corte do País, para o caso de ele a ter esquecido, a cláusula pétrea da Constituição Federal que impede qualquer agente do Estado de restabelecer a censura por conta própria, ao arrepio das leis brasileiras e até do bom senso. [É patético ao extremo querer intimidar com canetadas os cidadãos que fazem oposição política utilizando o humor como arma! Preferirá ele que adotem as armas de fogo?]
Na galeria de recordações dos piores momentos do STF em todos os tempos, ao lado da autorização para que Olga Benário fosse entregue aos nazistas e da validação da auto-anistia que os carrascos da ditadura de 1964/85 se outorgaram para evitarem contratempos futuros, está o ofício mandando a Polícia Federal investigar os responsáveis pela confecção e exibição de dois bonecos infláveis satirizando o cidadão acima de qualquer crítica Ricardo Lewandowski e o procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Era exatamente assim que agiam os censores do regime militar, enxergando "grave ameaça à ordem pública" em qualquer besteirinha. Lembro-me de que, certa vez, chegaram a implicar com um jornalão que colocou foto e notícia de uma entrega de espadins aos calouros de uma academia militar na mesma página em que apareciam catástrofes e matanças.
...e a banalização do azedume. |
Qualificaram este mero acaso de guerra psicológica adversa, certamente porque nunca haviam se dado ao trabalho de folhear o noticiário da editoria de Geral. Se cultivassem o hábito da leitura, saberiam que em tal espaço o que sai são, quase sempre, episódios negativos...
Quanto ao alegado "inaceitável atentado à credibilidade" do Judiciário, não o cometeram os brincalhões dos pixulekos, mas sim as otoridade ranzinzas e atrabiliárias que nos cobrem de ridículo às vésperas de uma Olimpíada! Éramos conhecidos e amados como brasileiros cordiais, o que dirá o mundo quando souber que nos tornamos brasileiros boçais e carrancudos?!
Desconfiem de quem não tem senso de humor e está sempre pronto para impor aos outros suas rabugices. São, ainda que em miniatura, filhos de Eichmann (aquele burocrata do Holocausto que inspirou Hannah Arendt a discorrer sobre a banalidade do mal).
2 comentários:
"presidente da CNI - a maior e mais poderosa entidade patronal do país - quer mudar a lei para passar a jornada laboral dos brasileiros para 80 horas semanais...o dobro da atual."
Então ficamos combinados sobre o poder em nossa terra e nossas opções:
-a esquerda e sindicalistas roubam e só roubam
-os patrões escravizam e roubam
-os militares matam, trucidam e torturam
Como diz woody allen, que deus nos ilumine para fazermos a escolha certa....
Valmir,
o bobo do presidente da CNI jamais defendeu jornada de 80 horas no Brasil. Ele apenas disse que a França a está introduzindo (e é tão desinformado que fez uma citação errada, o certo seria 60 horas).
Enfim, causa-me extrema repulsa ver a esquerda apelando para essa divulgação sistemática de mentiras, nos moldes dos serviços de propaganda do Hitler e do Stálin.
Começou naquele caso da Marina Silva e a herdeira ociosa que os discípulos petistas do Goebbels apresentaram como banqueira influente. Não parou mais.
Abs.
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