sábado, 16 de julho de 2016

CPMF: REQUIESCAT IN INFERNUM.

Em boa hora nosso colunista Pedro Cardoso da Costa manifestou seu repúdio à cogitada recriação da CPMF.

A festejada equipe econômica de Michel Temer – com a qual até a presidente afastada fez, cinicamente, a maior média –, estará dando um enorme passo em falso se tocar esta ideia de jerico adiante. O mais impopular de todos os tributos tem de ficar exatamente onde está: no inferno.

Sua avassaladora rejeição advém de ela ter sido um conto do vigário que o povo engoliu em 1993, acreditando mesmo que seria uma solução para o custeio da Saúde Pública. O respeitável doutor Adib Jatene emprestou ingenuamente sua imagem ilibada para mais esta pilantragem dos políticos, sempre à cata de novos pretextos para tosquiarem a população.

O cidadão comum, iludido em sua boa fé, ficou espumando de raiva quando lhe caiu a ficha de que o objetivo real da patranha jamais fora o de melhorar a Previdência Social, mas sim o de rechear os cofres do governo, servindo para tampar outros buracos do orçamento federal.

Ainda assim, o mesmo peixe podre foi vendido novamente no período 1997/2007, só que ninguém mais o comprou por livre e espontânea vontade. Foi enfiado goela dos governados adentro.

Extinta para alívio geral, esta herança maldita do FHC foi objeto do desejo dos governos petistas, que a tentaram exumar em 2008, 2011 e 2015. Por meio da amoral rede chapa branca, fizeram o possível para convencer a opinião pública de que a CPMF se tornara um tributo não só necessário, como, inclusive, progressista...
Deram com os burros n'água e acabaram recuando nas três ocasiões, por constatarem que, politicamente, seria um desastre.

O povo não é bobo. Engana-se quem supõe que aceitará de Temer o diploma de otário que atirou de volta na cara do Lula e da Dilma.

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