sábado, 13 de fevereiro de 2016

DOIS PERDIDOS NUMA TARDE SUJA

Dilma manteve um encontro de agonizantes com Lula e, ao que tudo indica, foi tempo jogado fora. Ela deverá permanecer em cima do muro enquanto seu criador é destruído (quanto muito dizendo uma ou outra inocuidade para salvar as aparências, tipo "acho que ele está sendo objeto de grande injustiça"...) e vai insistir em impor aos brasileiros a detestada CPMF e a repulsiva reforma da Providência, de forma que continuará plantando recessão e rejeição.

A colheita, claro, só poderá ser depressão econômica e convulsão social. Das quais inevitavelmente decorrerá sua desgraça política, de uma maneira ou de outra. 

Há muita gente empurrando-a para a perdição, começando pelo Reinaldo Azevedo. Dizem-lhe que, estendendo a mão ao Lula, morrerão abraçados; e que, abandonando-o às feras, talvez se salve.

É conselho de inimigo. Com Lula derretido seu governo desabará de vez, pois se trata do último sustentáculo que lhe resta. Aí, em meio ao caos e à ingovernabilidade subsequentes, ou a tirarão do poder ou lhe tirarão o poder.

Ou seja, presidente de verdade não mais seria. Poderiam até permitir que ela o fingisse ser até o fim do mandato, desde que se conformasse em desempenhar o papel de rainha da Inglaterra enquanto outrem estivesse(m) governando pra valer.

Eu preferiria ir pra cabeça junto com o Lula e a esquerda, adotando de imediato uma política econômica diametralmente oposta e passando a confrontar a burguesia ao invés de a adular e servir (não recebendo nada em troca, ainda por cima!). 

Já sem muita esperança de virar o jogo, pois deixou a situação deteriorar-se em demasia. 

Mas, pelo menos cairia lutando. De capitulação sem luta basta a de João Goulart em 1964.

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