terça-feira, 1 de dezembro de 2015

QUEM DEVE SAIR? O CUNHA? A DILMA? EU CRAVO DUPLO E NÃO ABRO!

Você se lembra de Marco Maia? Não? Está certo, pois foi apenas mais um nome esquecível da política brasileira. Presidiu a Câmara Federal entre 2010 e 2013.

Henrique Alves? A mesmíssima coisa, de 2013 e 2015.

Arlindo Chinaglia? Idem, de 2007 a 2009.

Pense nestes três nomes e me responda: o presidente da Câmara dos Deputados tem mesmo toda essa importância que se atribui a Eduardo Cunha? É personagem de primeiríssima grandeza, a ponto de o País estar parado à espera da queda ou da (momentânea) salvação do sucessor de Marco Maia, Henrique Alves e Arlindo Chinaglia? 

Eu diria que não passa de um charlatão a mais, a fingir que desencadeia tempestades de som e fúria, na esperança de que não percebamos tratar-se apenas de uma história contada por um idiota.

Dos malefícios atribuídos a Eduardo Cunha, há algum que não possa ser corrigido adiante? Nenhum. Tem idéias retrogradas, déficit de honestidade e um estilo repulsivo, mas passa longe de ser exceção no seu meio. Está muito mais para regra.

Por que se dá tanto destaque à sua degola? Porque dele, deputado pessimamente avaliado pelos eleitores, depende o pontapé inicial do processo de impeachment de uma presidente pessimamente avaliada pelos eleitores.

De minha parte, vejo o segundo caso como muito pior. 

O Cunha joga o jogo da forma como é jogado em Brasília, ou seja, em nível de esgoto. Não inova, dá sequência ao mafuá rotineiro. Corre atrás do queijo, como tantos outros.

A Dilma se reelegeu mentindo ao povo, ao prometer que faria exatamente o contrário do que está fazendo na condução da economia. Lançou uma pá de cal na credibilidade de nossa democracia, tratando o eleitor como um perfeito otário.

Ao que tudo indica, Cunha é corrupto com carteira assinada.

Ao que tudo indica, Dilma preferiu olhar para o outro lado enquanto a corrupção grassava solta na Petrobrás.

Mas, exceto pela paúra que inspira nas hostes governistas, não é o Cunha que está imobilizando o Brasil.

É a Dilma, ao insistir numa austeridade econômica que a coloca contra as necessidades do País, a felicidade do povo, o ideário do PT e da esquerda em geral. 

Com isto, há 11 meses nos arrasta para o fundo do poço, assistindo impassível ao avolumar de uma recessão que cada vez mais ameaça tornar-se devastadora depressão. Ai dos excluídos, dos humildes e dos indefesos! Sofrerão o diabo.

Estou com os situacionistas: Cunha precisa ser afastado o quanto antes.

Estou com os oposicionistas: Dilma precisa ser afastada o quanto antes.

Estou com o homem da rua: ambos já deveriam ter ido há muito tempo.

O pior desfecho possível e imaginável para a chanchada desta semana será o PT salvar o Cunha para o Cunha salvar a Dilma. Ai virará pornochanchada...

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