quarta-feira, 19 de agosto de 2015

DIZE-ME COM QUEM ANDAS...

Mais simbólico, impossível! No mesmo dia em que a esquerda protestará em várias cidades contra a direitização do Governo Dilma, cada vez mais longe do socialismo e mais perto do neoliberalismo, a presidenta estará recepcionando em Brasília a chanceler linha dura da Alemanha, Angela Merkel.

Como todos sabem, trata-se de uma megera pior ainda do que Margaret Thatcher na defesa intransigente da ortodoxia capitalista.

O Joaquim Levy tem orgasmos múltiplos só de vê-la na TV. Precisa tomar cuidado para que a emoção de respirar o mesmo ar que sua musa não lhe cause um piripaque...

Quanto à nossa Dilma, tão desnorteada ultimamente, faz-me lembrar aquela frase célebre de Porfírio Diaz: "Pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos".

4 comentários:

william orth disse...

Caro Celso, realmente em "alguns " pontos discordo de você. Angela esta a anos luz da ladroagem,corrupção que assolam nosso país. Vergonha deveria ser ela ter vir ao nosso país participar desse show de horrores. Quanto ao México, desculpe esta para os EUA assim como o Paraguai esta para nosso país.Porta de entrada da Maconha, armas de calibre restrito. Qualquer similaridade não é mera coincidência. Pergunte aos Mexicanos que morrem na travessia do "vale da Morte" porque perdem a vida tentando entrar na terra do Pato Donald. Com certeza felizes não estão. Abraço.

celsolungaretti disse...

A Merkel me faz lembrar uma frase de um livro do Orson Scott Card, algo tipo "meu nome é morte, destruidora de universos". É como vejo a Merkel.

Quanto à frase centenária do Porfírio Diaz, foi só um paralelo que tracei. Afinal, a Dilma também se distancia cada vez mais do ideal de justiça social e se aproxima cada vez mais da exploração do homem pelo homem.

Se perseverar, Hollywood acabará fazendo um filme sobre ela. Igualzinho àquele que a Meryl Streep estrelou...

Eduardo Rodrigues Vianna disse...

Celso e amigos, mudando completamente de assunto, cês não vão acreditar nisto aqui.

Trata-se de uma publicação de esquerda, de uns caras que felizmente não são ninguém aqui na vida real, chamando a rapaziada a se mobilizar para prestar solidariedade ao... Estado Islâmico!E esses caras se apresentam como "trotskistas"!

Não quero ficar atravessando papo nenhum, mas isto aqui é interessante, para vermos aonde pode chegar, no campo de esquerda, a confusão, a perplexidade, viagem na maionese, o que mais imaginarmos. O Posadas, aquele dos discos voadores, seria considerado um cara da maior lucidez perto destes aqui:

http://pormassas.org/?p=1061

celsolungaretti disse...

Eduardo,

quando houve aquele atentado inominável ao Charlie Hebdo, eu me senti duplamente atingido: pela estupidez da coisa em termos políticos e pela morte de um cartunista cujo trabalho eu acompanhara e apreciara muito na década de 1970, o Wolinski.

Então, bati pesado naquela malta de desmiolados. E não é que houve quem os defendesse?! Gente que manda bala em pessoas inofensivas, desarmadas, incluindo idosos e uma mulher! Como se pode achar justificativas para uma bestialidade dessas?

Orgulho-me de haver participado de um movimento de resistência à ditadura em que tudo fazíamos para evitar baixas civis e mesmo de policiais que não tivessem incorrido em práticas hediondas.

Para nós era axiomático que travávamos uma luta política pela via armada, mas não eram as armas a nossa mensagem. Elas não passavam de ferramentas, a serem usadas apenas em último caso.

Não existe fanatismo pior do que o religioso.

E a esquerda deveria ler e reler Marx, até aprender que ele sempre colocou como tarefa dos socialistas conduzir a humanidade para um estado superior de civilização, não fazê-la regredir ao obscurantismo medieval. Não temos absolutamente nada a ver com esses espantalhos do passado, pouco importando quem eles combatam.

Ou seja, se estão contra os EUA e a Europa, não é pelas injustiças sociais, mas sim por sua laicidade e pelos avanços nas áreas de costumes. Então, apoiá-los apenas porque fustigam o "Império" é oportunismo dos mais vis.

Essa gente que raciocina em termos de realpolitik deveria deixar de apresentar-se como sendo de esquerda. Com sua falta de princípios, dá-nos uma péssima imagem.

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