Graças ao companheiro Elson Mello, estou podendo postar aqui o uma historieta do cartunista Georges Wolinski que tem alguns pontos de contato com seu covarde e bestial assassinato, executado aos 80 anos pela ralé de Maomé (ou seja, por uma besta-fera que acreditava ser maometano).
Elson, gentilmente, copiou-a de uma edição de 1971 da revista Grilo, publicação que está entre as minhas poucas boas lembranças de um ano muito aziago.
Elson, gentilmente, copiou-a de uma edição de 1971 da revista Grilo, publicação que está entre as minhas poucas boas lembranças de um ano muito aziago.
Li-a quando acabava de sair das prisões militares, mais morto do que vivo. Por cortesia do dono da tecelagem em que meu pai trabalhava: fizera uma assinatura como favor a um amigo e não tinha uso para as revistas, então, quando soube que eu havia sido libertado, mandou-as todas para mim, mesmo sem me conhecer. E também as que foram saindo depois.
Ainda me recordava dela inteirinha. Deve ter-me impressionado um bocado, para eu retê-la na memória com tanta nitidez.
Reparem: o sequestrado desconhecido é uma vítima tão incompreensível e implausível quanto o próprio Wolinski acabaria sendo, quatro décadas e meia depois. O destino insólito se abateu também sobre quem fantasiava sobre ele em suas criações.
Ainda me recordava dela inteirinha. Deve ter-me impressionado um bocado, para eu retê-la na memória com tanta nitidez.
Reparem: o sequestrado desconhecido é uma vítima tão incompreensível e implausível quanto o próprio Wolinski acabaria sendo, quatro décadas e meia depois. O destino insólito se abateu também sobre quem fantasiava sobre ele em suas criações.
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