Em 1949, o tetracampeão italiano Torino perdeu todos os seus titulares num acidente de aviação. Era o líder do campeonato e faltavam quatro rodadas. A única opção que lhe restou foi escalar juvenis nas partidas restantes.
Mesmo assim foi campeão, porque os principais adversários imitaram o seu gesto, recusando-se a tirar proveito mesquinho de uma tragédia.
Em 1969 o Corinthians vinha fazendo um grande campeonato paulista e parecia fadado a encerrar o jejum de títulos que já totalizava 14 anos. Depois de derrotar todos os outros grandes, era o franco favorito para o quadrangular decisivo.
Mas, sofreu um baque com o acidente automobilístico que matou o lateral-direito Lidu e o ponta-esquerda Eduardo, dois jogadores fundamentais para o bom desempenho daquela equipe.
Pediu autorização para contratar substitutos, embora as inscrições já estivessem encerradas. Todos os adversários concederam, menos um: o Palmeiras. Fragilizado, o Corinthians despencou na fase decisiva.
Vinte anos separam estes dois episódios. Mas, a diferença é muito maior. É entre espírito esportivo e espírito de horda.
E, por falar nisto, o que devemos esperar do escrete do Felipão no Mundial de 2014? Espírito esportivo ou aquele repulsivo "Pega! Pega! Pega!" do paulistão de 1999?
Para os que não se lembram, foi a ordem que Scolari deu ao seu comandado Paulo Nunes, incitando-o a chutar o adversário Edílson. A agressão covarde desencadeou uma pancadaria generalizada e a partida final do campeonato acabou, melancolicamente, antes do tempo regulamentar.
2 comentários:
Celso, não se sente culpado depois de tão ferrenhamente ter defendido a libertação dos criminosos presos na Bolívia por terem matado um menino no estadio e depois de soltos, inclusive com ajuda de sua campanha um deles ter matado outro mentecapto (quem torce por futebol e vai a "arenas" não pode ser outra coisa) aqui mesmo no bananão???
Nunca disse que eles eram anjinhos, mas sim que todos (ou todos menos um) eram inocentes e estavam servindo de bodes expiatórios para as ineptas autoridades bolivianas.
Em democracias os homicidas em potencial não são detidos. Isso é coisa de estado policial. E haja cárcere, se formos prender todos que são capazes de, eventualmente, matar alguém!
O sujeito mereceu sair da masmorra boliviana porque a acusação contra ele era fajuta e agora merece mofar na masmorra brasileira porque assassinou.
É simples assim. E eu não tenho motivo nenhum para me sentir culpado, muito pelo contrário.
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