Tostão, de atuações inesquecíveis na campanha do tri, foi craque com a bola e é craque com o teclado. Trata-se de um dos poucos comentaristas esportivos que compensa lermos, depois da morte do também ex-jogador Sócrates.
Sua coluna deste domingo, 11 (vide íntegra aqui), é simplesmente brilhante. Vale a pena destacarmos dois parágrafos, nos quais, discorrendo sobre as fulgurantes atuações de veteranos como Seedorf, Alex, Zé Roberto e Juninho, Tostão vem ao encontro de uma das minhas afirmações mais reiteradas a de que existe um verdadeiro abismo separando nosso decadente futebol do hoje praticado na Europa:
"O baixo nível técnico do Brasileirão facilita para os que sabem jogar, veteranos ou não. Muitos discordam. Uns, por convicções técnicas, usam de argumentos, mesmo quando não existem, para dizer que está tudo bem. Há ainda os pachecões, os Policarpos Quaresmas, que acham antipatriota criticar o que é nosso. Existem também os interesses econômicos, de que não se deve desvalorizar o produto futebol.
Durante e após os 8 a 0 [sapecados pelo Barcelona no Santos], muitos --não digo quem porque são inúmeros-- se concentraram nas críticas na falta de empenho dos jogadores e de planejamento da diretoria do Santos. Esqueceram do mais importante, a absurda diferença técnica entre os dois clubes. Mas isso é proibido falar, para não desvalorizar nosso futebol".
Só não sei se ele coloca Galvão Bueno na categoria dos pachecões, dos intere$$ado$ em preservar o produto futebol, ou em ambas..
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