Poucos extraíram as devidas conclusões, mas o compartilhamento de filmes, imagens de espetáculos, músicas, livros, etc., na internet indica um caminho para a humanidade. É o socialismo em miniatura.
Arte, cultura e conhecimento têm mesmo de ser acessíveis a todos os seres humanos, independentemente de pagamento.
Arte, cultura e conhecimento têm mesmo de ser acessíveis a todos os seres humanos, independentemente de pagamento.
A emergência de um modelo bem diferente de sociedade se tornou a única hipótese de sobrevivência da nossa espécie, evitando que seja extinta pela irracionalidade econômica e pela destruição dos fundamentos da existência humana sob o capitalismo. Nela, espera-se, as prioridades supremas serão o bem comum e a felicidade dos seres humanos, não existindo nenhum FBI para tentar deter mudanças irreversíveis com medidas ridículas como a retirada do ar do Megaupload.
É claro que surgirão novas contradições. P. ex., como escolher os projetos cinematográficos que a sociedade bancará?
Vai ser um desafio e tanto. Lamentavelmente, os países do socialismo real não souberam a ele responder, só acolhendo propostas edificantes e banindo todos e quaisquer questionamentos ou experimentalismos.
Pior ainda é o capitalismo, claro, pois nele os piores instintos humanos são insuflados pelas tralhas que a indústria cultural produz, só se levando em conta a lucratividade. Havendo mercado para uma mercadoria, acaba sempre surgindo quem a forneça, desde as nojeiras pedófilas até as imagens de execuções e de cadáveres que fascinam mentes doentias.
O certo é que, quando os homens tiverem de reconstruir sua sociedade, após as crises terríveis que marcarão o fim do capitalismo, disporão de exemplos positivos e negativos para nortearem suas decisões.
Que o compartilhamento seja o mais amplo possível.
E que haja o máximo de tolerância possível --o que não implica, contudo, admitir-se e prestigiar-se tudo.
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