quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PM É SÍMBOLO DA TRUCULÊNCIA

Paulo Francis comentou certa vez que os jornalistas de sua geração se referiam à seção de cartas de leitores dos jornais e revistas, desdenhosamente, como  muro das lamentações.

Hoje, a prática do jornalismo está tão aviltada que, enquanto as informações, interpretações, opiniões e charges da grande imprensa acerca da ação policial na USP têm viés escrachadamente reacionário e policialesco, uma das poucas análises lúcidas veio de um leitor da distante João Pessoa (PB), Rinaldo de Fernandes, publicada na Folha de S. Paulo:
"Se a Polícia Militar e outras forças da ditadura não tivessem invadido campi universitários, como ocorreu na própria USP em 1968, essa memória não nos pertenceria, mas ela nos pertence.
Portanto, tudo é muito simbólico no caso das últimas reivindicações estudantis na USP. Os alunos protestam não só contra a presença de policiais no campus mas, sobretudo, por causa de uma memória de violência e truculência que eles, democraticamente, repudiam e da qual a PM é emblema, é símbolo mesmo.
Eis a raiz do impasse".
Hoje é aos jornalistas que caberia lamentarem-se, pois estão lambendo os pés dos seus patrões, juntamente com as botas da repressão. 

Triste figura!

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