quarta-feira, 9 de novembro de 2011

OS JORNALISTAS ESTÃO DE CÓCORAS. MAS, HÁ EXCEÇÕES

Se, em termos gerais, o comportamento da imprensa face à luta dos estudantes contra o autoritarismo na USP está sendo o mais calhorda possível, há alguns jornalistas que ainda honram a profissão, mostrando-se dignos seguidores de Vladimir Herzog.

Caso de Luciano Martins Costa, que nos brinda, no Observatório da Imprensa, com esta avaliação impecável cujos principais trechos transcrevo (recomendando, claro, a leitura da íntegra):
"...a insistência dos jornais em relacionar o descontentamento dos estudantes com a repressão ao uso de maconha esconde o mais importante: o regimento disciplinar da USP está defasado, o governo do Estado não sabe como lidar com a autonomia universitária e, definitivamente, a Polícia Militar não tem o preparo adequado para conviver com estudantes, com jovens em geral.

A operação de reintegração de posse da reitoria ocupada, feita pela tropa de choque da PM, foi relatada pela imprensa tradicional nesta quarta-feira, dia 9, como uma ação organizada, pacífica e cuidadosa.

Não foi nem poderia ter sido: a tropa de choque é treinada para intimidar, agredir e desagregar grupos.

A declaração do novo comandante, reproduzida pelo Estado de S. Paulo, revela o espírito da corporação: 'A tropa foi vencedora', disse o bravo militar".

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