Retardando a aprovação da flexibilização do sigilo dos documentos oficiais, que é a posição assumida pela base governista no Senado, o inqualificável Fernando Collor (PTB-AL) impediu a colocação da matéria em votação mediante uma manobra protelatória: apresentou um pedido de informações ao Gabinete de Segurança Institucional.
Outra figurinha carimbada, o recordista brasileiro de inflação em todos os tempos deu uma mãozinha: ao invés de despachar o pedido em regime de urgência, o ex-presidente José Sarney sentou em cima dele por uma semana, a troco de nada.
Como consequência, é bem provável que a nova lei de acesso às informações oficiais não esteja ainda aprovada na 4ª feira que vem, quando a presidente Dilma Rousseff for apresentar-se pela primeira vez numa Assembléia Geral das Nações Unidas, frustrando sua intenção de destacar o aumento da transparência como uma das realizações do seu governo
Os dois refugos estão hoje em posição de criar ambaraços para Dilma graças a criticadíssimas decisões de Lula, que perdoou o jogo sujo eleitoral de Collor e salvou o pescoço de Sarney apesar da existência de motivos de sobra para privá-lo da presidência do Senado e até do mandato.
Quem ajuda escorpiões a atravessarem águas perigosas, acaba ferr(o)ado.
Ou legando as ferroadas para sua sucessora.
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