A vida me chutou
Fui sincero com você
E você me deixou
Agora vou assim,
De ziguezague, ziguezague
Você quer me ver assim,
De ziguezague, ziguezague?
Brasa, a vida sempre
Tá mandando brasa
E pra me defender
Eu vou mandando brasa
Ziguezagueando por aí
É pau, é fogo, é brasa"
Ziguezague, de Jair Rodrigues, Jair Oliveira, Simoninha e Rappin Hood, já foi a trilha musical mais apropriada para o Caso Palocci, e agora é a que melhor se adequa à postura do Planalto face aos ditos segredos de Estado.
A imprensa informa que "a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o fim do sigilo eterno de documentos oficiais e irá pedir que sua base no Senado chancele o texto da forma como foi aprovado pela Câmara".
Ou seja, voltou à posição correta, depois de:
- recuar e admitir que nem em 50 anos certos documentos fossem revelados ao distinto público; e
- recuar de novo e lavar as mãos, deixando a decisão inteiramente nas mãos do Senado.
Não, companheira, que tem um passado como o seu (e o meu, pois estivemos juntos nessas andanças), não pode colocar obstáculos ao trabalho dos historiadores e tratar o povo brasileiro como incapaz a ser eternamente tutelado. Isso quem fazia eram os generais.
A verdade é revolucionária, dizia Rosa Luxemburgo.
Digo eu.
E espero que você diga também, em toda e qualquer circunstância.
Ou seja, independentemente de ser uma simples militante da VAR-Palmares (como era há quatro décadas) ou presidente da República (como é agora).
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