Como a perspectiva é de que o Supremo Tribunal Federal aprecie o Caso Battisti na segunda quinzena de abril ou primeira de maio, as palestras e debate marcados para a próxima 5ª feira (14/04), na Pontifícia Universidade de São Paulo, tendem a ser os últimos de uma longa série articulada e prestigiada por brasileiros ciosos da sobrerania nacional e movidos pelo espírito de justiça.
Inícua e rancorosa perseguição desencadeada pelos neofascistas europeus contra um remanescente célebre dos movimentos de contestação surgidos a partir de 1968, o caso só atingiu tais proporções e tal duração (49 meses) no Brasil devido ao flagrante posicionamento inquisitorial de dois membros do Supremo Tribunal Federal que, alternando-se nas posições de presidente do STF e relator do processo de extradição italiano, foram responsáveis:
- pela ordem de encarceramento do escritor, ao invés do regime de liberdade vigiada que seria o adequado em se tratando de cidadão eminente que levava vida produtiva e inatacável há décadas;
- pelo descumprimento e depois revogação (na prática) da Lei do Refúgio, usurpando prerrogativas respectivas do Executivo e do Legislativo;
- e pela manutenção de Battisti sob sequestro depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou definitivamente sua entrega à Itália.
Ai, ai, ai, ai, 'tá chegando a hora... |
Assim, quando o Brasil está próximo de livrar-se do opróbrio de vir mantendo um prisioneiro político em plena democracia, é das mais oportunas a realização de Cesare Battisti - palestras e debate (uma visão objetiva desde a perspectiva jurídica, política, midiática e de direitos humanos), que terá lugar no auditório Paulo de Barros Carvalho, sala 239, da PUC/SP (rua Monte Alegre, 1104, no bairro paulistano de Perdizes), a partir das 19h30 deste dia 14.
Os palestrantes serão Carlos Lungarzo, da Anistia Internacional; o senador Eduardo Suplicy; e os professores José Arbex, Lúcio Flávio Rodrigues e Paulo Eduardo Arantes, além deste veterano da resistência brasileira que vos escreve.
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