Por um desses inextrincáveis mistérios da mente humana, a obra-prima cinematográfica de Ettore Scola me vem à lembrança sempre que os dois linchadores de Cesare Battisti fazem nova investida inquisitorial e lobbista na CartaCapital. Por que será?
Após ter desafiado o principal deles, várias vezes, para debater o caso, em vão; e depois de ter o segundo fugido como coelho assustado da polêmica que começamos a travar no site Conversa Afiada, já não vejo sentido em contestar as falácias que ambos publicam incessantemente, no sentido de vergar o País à vontade de Berlusconi, desprestigiando a decisão de um presidente da República brasileiro e favorecendo as correntes mais reacionárias e golpistas do nosso cenário político, depois de todos os esforços e sacrifícios que fizemos para livrar a patriamada do arbítrio.
Bem vistas as coisas, quem confrontou de peito aberto uma ditadura -- eu e todos os resistentes do passado -- estamos num plano moral infinitamente superior àqueles que só passam por ser alguém em função de sua posição no sistema, mas, grana e poder à parte, por si sós demonstram ser ninguém.
Então, de minha parte, o Mino Carta e o Walter Maierovitch só fazem jus ao mais absoluto desprezo, como Torquemadas em pele de progressistas que são.
Já o bom companheiro Carlos Lungarzo, generosamente, concedeu ao segundo muito mais do que ele merece: uma resposta consistente e digna ao seu inconsistente proselitismo persecutório. Está em Caso Battisti: novo libelo.
Recomendo sua leitura a quem ainda precisar de alguma argumentação para saber de que lado está a verdade.
E até como reconhecimento pelo esforço do Lungarzo, que teve de prender a respiração para efetuar uma tarefa que melhor se adequaria a profissionais de análises clínicas...
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