sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A MARCHA DA INSENSATEZ

Um dos melhores acompanhamentos da marcha da insensatez no tratamento das questões ambientais em escala mundial é o do blogue Planeta e Clima da BBC Brasil, que recomendo como leitura obrigatória para quem sabe ou começa a tomar conhecimento da gravidade da ameaça que a humanidade enfrentará nas próximas décadas.

Eis, extraída dos textos publicados nos últimos 15 dias, uma amostra dos descaminhos ora trilhados, com as reações governamentais se mostrando cada vez mais irrisórias face à magnitude do problema.

"...enquanto a ciência é cada vez mais clara sobre os riscos das atuais emissões de carbono desenfreadas, o único plano para controlar o problema - o Protocolo de Kyoto - está dando os seus últimos suspiros. A partir de 2012, não temos mapa.

"Quando, em 2009, representantes de 193 países se encontraram em Copenhague, a expectativa era de que, ao cabo de duas semanas, presidentes e líderes de governo (que não por acaso compareceram em peso ao evento) fossem abanar para o mundo as folhas do rascunho pós-Kyoto.

"Em vez disso saíram, uns à francesa, outros meio apologéticos, com um tal 'Acordo de Copenhague', que na prática, em vez de avançar, atravancou o processo. Até hoje, ninguém sabe direito como incluí-lo na Convenção da ONU para Mudança Climática.

"Passados dez meses, pouca coisa mudou. Uns dizem até que se mudou, foi para pior. O Senado dos Estados Unidos engavetou o projeto de lei do clima proposto pelo presidente Barack Obama. Aquele mesmo que muitos já diziam que seria um avanço pequeno, depois das mudanças que sofreu nas mãos dos deputados.

"A Europa, em crise, continua como aquele aluno no colégio que se encolhe na carteira e torce para o professor não lhe dirigir uma pergunta, porque não sabe a resposta. Até o movimento ambientalista perdeu um pouco o rumo. Antes, a palavra de ordem era pressionar. E agora? Se pressionar demais, é capaz de degringolar tudo..."
"Uma em cada cinco espécies de planta está sob ameaça de extinção - situação tão grave quanto a enfrentada por mamíferos no planeta e mais grave que a dos pássaros. É essa a conclusão de um estudo de importantes instituições britânicas e da União Internacional para a Conservação da Natureza.

"...'As plantas são as fundações da biodiversidade e o seu significado em tempos de incerteza climática, econômica e política vem sendo ignorado por tempo demais', avaliou o diretor do Royal Botanic Gardens (RBG), Stephen Hopper.

"A inédita Lista Vermelha das Plantas (...) afirma que no ano em que as Nações Unidas decidiram celebrar a biodiversidade, 22% das 380 mil espécies de plantas conhecidas estão ameaçadas".
"Os desastres naturais, como enchentes, terremotos e tsunamis, mataram 3,3 milhões de pessoas em todo o mundo nos últimos 40 anos, diz um estudo divulgado nesta quinta-feira (11/10) pelo Banco Mundial, em parceria com as Nações Unidas.

"Desse total, cerca de 1 milhão de pessoas morreram na África, vítimas da seca.

"Após dois anos de pesquisa, os dois organismos internacionais estimaram ainda que os prejuízos causados por esses desastres poderão triplicar até o final do século, atingindo a cifra de US$ 185 bilhões ao ano.

"De acordo com o levantamento, o número fica ainda maior quando considerado o impacto das mudanças climáticas. Apenas os ciclones tropicais têm potencial de causar prejuízos que variam de US$ 28 bilhões a US$ 68 bilhões a cada ano, diz o estudo.

"Além disso, cerca de 1,5 bilhão de pessoas poderão estar expostas a tempestades e terremotos até 2050 - o dobro do número considerado atualmente.

"...'São os mais vulneráveis, e não os ricos, que acabam enfrentando o peso das ameaças naturais, muitas vezes agravadas por políticas ruins', diz o texto".

Um comentário:

Anônimo disse...

Como tem baboseira na net. Até hoje continuam com esta de aquecimento global, enquanto que na verdade o mundo está esfriando e isto vai até meados de 2033. Qualquer cientista que não tem interesses escusos com essa falácia pode comprovar o que digo.
O que querem é reduzi a produção dos países em desenvolvimento, especialmente na agricultura para barrar o nosso porgresso.
E o que não faltam são desavisados para reverberar essa patranha.

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