Aqueles que se aquartelaram para disputar uma mera competição esportiva, trancados a sete chaves num bunker, tiveram de levantar acampamento bem antes da batalha final.
Voltaram para a pátria como bastardos inglórios, soldados que começaram perdendo a cabeça e depois perderam a guerra, debandando em pânico.
Os que encaram esporte como esporte, vão ao zoológico na véspera da final de uma final de Copa do Mundo, pois o importante é que estejam de bem com a vida no grande momento deste domingo.
Assim, o técnico holandês Bert van Marwijk e seus jogadores deram no sábado uma descontraída esticada até o zoo.
Porque não estarão com os nervos à flor da pele.
Porque sabem que sua única obrigação é jogar bem e mostrar o que têm de melhor. Vencer ou perder depende das circunstâncias.
É a lição que os laranjinhas, nossos vencedores, nos dão de graça.
Ontem os uruguaios mereciam a vitória contra uma Alemanha desfalcada e desmotivada, mas seu fraco goleiro entregou o ouro em dois lances capitais e a sorte foi cruel no finzinho da partida, quando a cobrança de falta de Diego Forlan encontrou o travessão. Foram as circunstâncias -- no caso, adversas.
E daí? Eu os considero vitoriosos. Conseguiram ir além de suas limitações, jogando mais do que deles se esperava, determinados mas não desvairados, sem chiliques de meninos mimados. Estão de parabéns.
Se não quisermos ser humilhados em nossa casa no próximo Mundial, é bom irmos aprendendo.
Futebol militarizado, nunca mais!
Voltaram para a pátria como bastardos inglórios, soldados que começaram perdendo a cabeça e depois perderam a guerra, debandando em pânico.
Os que encaram esporte como esporte, vão ao zoológico na véspera da final de uma final de Copa do Mundo, pois o importante é que estejam de bem com a vida no grande momento deste domingo.
Assim, o técnico holandês Bert van Marwijk e seus jogadores deram no sábado uma descontraída esticada até o zoo.
"Fizemos um passeio, foi bom porque [o zoológico] é perto do hotel e pudemos ir caminhando. Depois, fizemos um treino leve e uma reunião. Queria ter uma preparação perfeita para esse jogo. E acho que tivemos".Posso apostar que, mesmo enfrentando um conjunto superior (o da Espanha), os holandeses não se destrambelharão como Felipe Melo nem terão apagões como Júlio Cesar (no 1º gol) e a defesa inteira (no 2º).
Porque não estarão com os nervos à flor da pele.
Porque sabem que sua única obrigação é jogar bem e mostrar o que têm de melhor. Vencer ou perder depende das circunstâncias.
É a lição que os laranjinhas, nossos vencedores, nos dão de graça.
Ontem os uruguaios mereciam a vitória contra uma Alemanha desfalcada e desmotivada, mas seu fraco goleiro entregou o ouro em dois lances capitais e a sorte foi cruel no finzinho da partida, quando a cobrança de falta de Diego Forlan encontrou o travessão. Foram as circunstâncias -- no caso, adversas.
E daí? Eu os considero vitoriosos. Conseguiram ir além de suas limitações, jogando mais do que deles se esperava, determinados mas não desvairados, sem chiliques de meninos mimados. Estão de parabéns.
Se não quisermos ser humilhados em nossa casa no próximo Mundial, é bom irmos aprendendo.
Futebol militarizado, nunca mais!
6 comentários:
Existe uma expressão que diz: "Os extremos se asssemelham".
Quando você, Náufrago, centra suas baterias apenas no Dunga, sem levar em consideração o contexto - e você não é burro -, você acaba fazendo o jogo da camarilha da Globo.
Dunga foi comentarista de futebol em uma das Copas passadas e conhece o monopólio da Globo pela notícia. E, digo eu, sejam elas esportivas ou políticas, lembremos os episódios destes últimos oito anos, inclusive aquele da pilha de dinheiro...
Se os comentaristas/jornalistas esportivos tivessem saído da superfície e não tivessem jogado o jogo sem saber mesmo que jogo era, talvez o desfecho tivesse sido outro, no sentido da cidadania. O Brasil poderia até perder mesmo, mas a Globo seria desmoralizada em mais esta trincheira.
Mas os idiotas preferiram 'repercutir' a mesma ladainha e acabaram por fortalecer a Globo mais uma vez. Na próxima Copa, será tudo como dantes: Fátima Bernardes e Galvão Bueno no quarto com os jogadores e a malta das outras emissoras/redes do lada de fora dos portões, sentada em banquinhos de plástico, comendo sanduiche, esperando uma migalha cair do scrip da venus platinada para dar uma noticiazinha michuruca.
Deus, ó Deus! Ilumina estas mentes!
Se o seu problema é combater a Rede Globo, crie uma rede concorrente.
O meu é lutar contra o capitalismo e defender a liberdade.
Então, estou careca de saber que, enquanto existir uma função a ser preenchida por uma Rede Globo no capitalismo, não adiantará desacreditarmos a Rede Globo; outra emissora qualquer tomará seu lugar, para cumprir a mesmíssima função.
Então, temos é de acabar com o capitalismo, a cabeça da hidra. Tentarmos decepar só os seus tentáculos não adianta. Nascerão outros.
E, para acabar com o capitalismo, precisamos de cada vez mais liberdade. Autoritarismo leva água para o moinho do inimigo.
Deu pra entender?
Eu não entender engolir essa bobagem de misturar ou comparar futebol com política...isso é neurose.
Entendi perfeitamente.
Você está dizendo que só vale ganhar a guerra e que as batalhas são inúteis.
Não, estou dizendo que a luta contra o autoritarismo em todas as suas manifestações no cotidiano é prioritária para um revolucionário. A liberdade é objetivo estratégico.
E que a luta contra quaisquer empresas da indústria cultural tem, quanto muito, importância tática, já que, desconstruindo uma, outra toma seu lugar para desempenhar a mesmíssima função.
Então, só para atingirmos a Rede Globo, não compensa e seria o máximo da incoerência tomarmos o partido de um Hitlerzinho do futebol, avalizando seu comportamento atrabiliário e seus conceitos militaristas.
O coerente é, entre Dunga e a Rede Globo, repudiarmos ambos.
Engano seu ... dois dos três maiores times de todos os tempos eram totalmente militarizados, o Honved (que quer dizer "Defesa") inteiro da Seleção da Hungria em 1954 e a Laranja Mecânica, que entrava em campo com conceitos como "schewere punkt", "centro de gravidade", ataque pelos flancos, blitz de um 2 minutos, recuos estratégicos, avanços em massa etc ... A única das três que não adotou isso foi a brasileira de 1970. Não precisava, tinha Pelé.
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